Por WALMARI PRATA CARVALHO. CEL PM RR
Os jornais de hoje publicam parte da justificativa prestada pelo coronel, que teve pela casualidade acidental a morte de um cabo, que realizava reparos em sua residência. Dizer agora que não mandou, não aceitou, não sabia, irremediavelmente jamais prosperara como justificativa; seria o mesmo que acreditar, que Jose Dirceu não gerenciava o mensalão pode ate ser aceito como tese jurídica, e, nesta condição ser acolhida pelo supremo, mas, no crivo da sociedade, jamais o será, e, o vinculo funcional torna crível aludida condição acusatória, absorvendo ainda mais a pratica como possível rotina.
Na realidade esta pratica é histórica, e, não é predicado apenas do coronel em questão é useira e vezeira no Estado, não só na PM.
A maturidade que hoje me permeia condiciona-me a afirmar que, serviços como estes aparentemente mais baratos, e, mais fáceis de locação podem tornar-se muito mais caro por diversos e impublicáveis fatores, além de carregarem em seus imprevisíveis efeitos como estes, as conseqüências muito maiores que uma contratação trabalhista comum; o risco não compensa os benefícios aparentes. Afirmo isto, por ter feito uso de aludido artifício na vida ativa de caserna, e, hoje considero que errei, apesar de nunca haver enfrentado um desfecho semelhante ao do coronel em questão, mesmo assim a relação custo beneficio, não compensou, e,o desgaste interpessoal,e,funcional se maximizaram.Incorri nesta pratica por encontrá-la oficiosamente instituída no seio da força,onde inclusive quem presta o serviço procura,e,quem precisa aceita.Provavelmente esta mesma condição foi encontrada ou procurada pelo coronel do painel.
Precisam perceber que antigos costumes nem sempre prosperam em dinâmicas condutas sociais, e, estes sintomas de mudanças comportamentais foram recentemente detectados quando um oficial foi investigado pelo MP, pelo uso de PMS na pintura de sua casa.
Que sirva o infeliz episodio como alerta aos jovens oficiais, e, quem sabe a outros do estado que praticam o mesmo arcaico costume. Provavelmente assim ocorrendo deixemos de presenciar, carros oficiais levando filhos de coronéis, de deputados, pois é, de muitos, e, todos que fazem sabem o que fazem, o risco de fazer corre quem quer. Os que se submetem a atender, também atendem por que querem. Quando os que podem impedir deixarem de querer, então o MP que mesmo pouco querendo poderá ver prosperar seus argumentos fiscalizadores com a celeridade necessária para a coercitividades inibidora de velhos costumes arraigados em novas e iluminadas cabeças.
Belém 04 de outubro de 2012.
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