Problemas socioambientais urbanos

domingo, 2 de dezembro de 2012

A lógica que guia a produção das grandes cidades, em sua maioria, sempre foi perversa para a maior parte da população e também para o meio ambiente urbano. São inúmeros os problemas que podemos abordar com este tema, mas todos eles seguem um ponto em comum: é impossível dissociar os problemas ambientais urbanos dos problemas sociais de sua população – especialmente a pobre, que sofre mais – e vice-versa.
 
1. Falta de saneamento básico, dificuldade de acesso à água limpa
Cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo

Alguns problemas são bem típicos: a falta de saneamento básico é marcante nas áreas pobres. Rios, utilizados como esgoto, correndo a céu aberto em locais de alta densidade demográfica, é um problema que envolve várias esferas vida, desde a ambiental à saúde.
 
 
2. Crescimento da frota de carros particulares. Transporte coletivo de péssima qualidade
 
O crescimento da frota de automóveis nas cidades brasileiras – das pequenas às metrópoles – é sensível nos últimos anos e isso acarreta problemas gravíssimos ao ambiente urbano. Esse aumento se deve a toda uma influência da publicidade e da propaganda, com sua perversa lógica de criação de novas necessidades e desejos nesta fase do capitalismo avançado, onde o “ter” um carro é um dos pontos centrais pois atende, assim, aos interesses da indústria automobilística. Em nosso país, essa indústria é tão forte que acaba ditando as regras do jogo tributário. A consequencia dessa política é terrível: incentivo ao uso do transporte individual, que é caro, custoso e danoso neste âmbito socioambiental em detrimento do transporte público, que deveria ser de qualidade para incentivar as pessoas a deixarem seus carros em casa.
Cotidiano de todas grandes cidades


3. Classe média e média/alta optam por morar longe, mas fica dependente de mais veículos
 
Morar cada vez mais longe se torna um atrativo, pelo fato, principalmente, de se dormir, só dormir, afastado de um cotidiano caótico das grandes cidades. Sempre, esses novos locais de moradias escolhidos são perto da natureza (natural ou artificial), mas o uso do carro, para essas pessoas se torna indispensável. É uma lógica perversa para a cidade e seus moradores.
 
 
Essas são somente três facetas de problemas que ocorrem nas cidades e que não se resumem somente ao ambiental, já que os elementos da vida social não são fragmentados, e sim estão em total integração o tempo todo.
 
 
 
Soluções;
Os governos precisam investir nos modais de transporte público coletivo, como ônibus, metrô, trem, barcos. Precisam melhorar qualidade de calçadas para pedestres, criar toda uma rede articulada de ciclovias, entre outras coisas que induzam a menos veículos nas ruas. É necessário que as prefeituras invistam em um planejamento urbano descentralizado, abrangente e justo socioambientalmente.

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