Segundo
o economista-chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, o mercado
de energia global passa por uma transição que fará os Estados Unidos e o Brasil
emergirem como grandes potências.
Os
EUA estão prestes a se tornar um exportador de energia excedente e o Brasil está
aumentando a produção nos campos de petróleo de águas profundas.
Apesar
desses novos recursos, Birol diz que o petróleo de baixo custo do Oriente Médio
continuará tendo papel central no futuro próximo: alguns países que têm sido
importadores de energia por muitos anos estão virando exportadores, como os
Estados Unidos, em termos de gás natural. E o Brasil, em 2015, será um
exportador de petróleo significativo.
De acordo com o “World Energy Outlook”, em 2035 a produção de
petróleo no Brasil vai triplicar, chegando a seis milhões de barris por dia.
Apesar
da estimativa, Birol, critica o governo brasileiro: “Nossos números são menores
do que os do governo porque os investidores terão de se alinhar às
regulamentações governamentais. Acho que botaram um peso enorme nas costas da
Petrobras. O Brasil terá de investir cerca de US$ 1,6 trilhão em 20 anos. Para
comparar, o Oriente Médio precisa de US$ 1,1 trilhão”.
Birol cita fatos preocupantes:
·
as emissões de dióxido de carbono continuam
crescendo e dois terços destas emissões vêm do setor de energia.
·
hoje, 1,3 bilhão de pessoas, um quinto da
população mundial, não têm eletricidade, em África subsaariana, Índia,
Paquistão, Bangladesh. Estudos dizem que, sem maiores intervenções, ainda
teremos em 20 anos ao menos um bilhão de pessoas sem acesso à eletricidade.
Fonte: DefesaNet
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