Muaná, no Marajó: falta água onde, há trinta anos, era o que abundava

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Com tristeza li a notícia de que falta água em Muaná, no Marajó, distante cerca de 80 quilômetros de Belém.
Passei muitas férias escolares lá e o que mais me recordo é do rio manso e charmoso que corria atrás da casa do meu avô. Era como ter um rio no quintal e, naquelas águas limpas, frias, gostosas aprendi a nadar depois que meu irmao mais velho carinhosamente construiu para mim uma bóia de mitiri.
Era um rio não muito largo, belo e com muita, muita, muita água. Na margem oposta se via uma densa e (para mim) misteriosa floresta, cortada por igarapés que eu sonhava navegar em barco, mas nao tinha coragem.
Ao longo desses trinta anos a floresta foi desmatada, o rio poluído.E o que ficou para a população local em troca de seus recursos naturais? Degradação, pobreza, falta de condições de vida digna.
Este é o desfecho da história de um belo municipio marajoara, onde meu pai nasceu, repleto de recursos naturais que foram parar nos bolsos de alguns, em detrimento da sociedade local. 

9 comentários:

Anônimo disse...

Do que vale o sonho de poder sonhar com coisas grandiosas para nossas vidas!?
Se no final da vida, precisamos de tão pouco e de coisas tão pequenas para nos sentir feliz?

Anônimo disse...

boa Ana Maria,sou filho de muaná, e sei o que aquele povo sofre,pessoas sem compromisso fazem do municipio apena um lugar pra enriquecer,e se esquece das necessidades do povo muanense que vive uma situação de miséria.porém o povo tem que lutar mas pelos seus direitos, pq talvez assim posssamos ter uma Muaná bem mas prospera para os muanense.mesmo com sua mazelas não deixo de visitar esse lugar que é meu porto seguro.abraço
sebastião martins

Eu disse...

"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso."

(Charles Chaplin)

Anônimo disse...

Muito oportunas suas observações sobre Muaná, Dra. Ana Maria.Tudo isso que a senhora escreveu é verdade, e muito mais.Muaná está mal cuidada a muito tempo.Eu já não lembro mais quando a última rua foi asfaltada por lá. Existem comunidades vivendo literalmente na lama, como é o caso do povo da Rua Nova e Bacabal, entre outras.A violência e o tráfico de drogas cresceram assustadoramente, sob o olhar omisso de nossas autoridades.Infelizmente, nossa outrora cidade pacata, tranquila e gostosa, hoje agoniza, morrendo aos poucos pela falta de compromisso de nossas autoridades e de nossos cidadãos que insistem em destrui-la.Na semana Santa eu irei lá.Tomara que encontre uma cidade melhor. Lhe conto tudo.Um braço. Sou professor Óberti Mesquita e foi muito bom lhe encontrar na blogosfera.

Ana Maria disse...

Prezado Professor Oberti Mesquita, obrigada por sua visita ao meu blog. Por favor, quando retornar de Muaná, conte-me o que viu, dê notícias daquela terra tão amada e do nosso povo tao sofrido. Meu e-mail ligado ao blog é anamariabrabo@gmail.com

Estou planejando fazer uma audiência pública em uma das cidades do Marajó, com a presença do Ouvidor AGrário Nacional, para tratar sobre violência no campo e assuntos correlatos. Quem sabe nao será em Muaná?

Anônimo disse...

Bom dia Dra. Ana Maria.Fui a Muaná na semana Santa com havia afirmado em postagem anterior.Retornei da lá ainda mas decepcionado do que antes. Muaná realmente não merece ser tratada como tanta indiferença e descaso como está sendo tratada.Seria preciso escrever muito para lhe relatar as mazelas daquele povo.As ruas continuam iguais ou piores,segurança pede socorro, o problema da água continua(só há água até 12h, depois só à noite), os serviços não funcionam.Conversei com um colega professor e ele me disse que na escola em que ele trabalha o tráfico impera e há risco de a qualquer momento as gangues se matem lá dentro.Fui ao sepultamento de uma amiga e fiquei indignado com a situação do cemitério. É preciso andarmos sobre as sepulturas para nos locomovermos lá dentro, em meio ao capim alto.O trânsito é um caos,pois a cidade ganhou uma quantidade grande de carros e motos mas a estrutura das ruas não receberam nenhuma melhoria para enfrentar esse problema.O interior do Município padece com a malária, dengue, diarréia, entre outras doenças que podem ser evitadas.Eu lavaria um dia inteiro relatando nossos problemas.Eu ia esquecendo de falar na pirataria, assaltos contra ribeirinhos,o comércio aberto de combustível roubado, etc.Não gostaria de lhe relatar o caos, mas infelizmente é essa a realidade.Já lhe adicionei e espero me comunicar com mais frequência com a senhora.Tanto que puder, conto mais.
P.S.É uma ótima idéia essa audiência em Muaná.Apesar de tudo há por lá uma razoável estrutura capaz de abrigar essa audiência e uma excelente oportunidade de discutir muitos problemas do Marajó.Espero ser convidado. Um abraço.

Ana Maria disse...

Diante de uma situaçao como esta, a primeira providência é reconhecer a incompetência das sucessivas administraçoes.
a segunda, é verificar se nao houve desvio de dinheiro público para enriquecimento de quem administrou.
a terceira é pensar em mudar, em esclarecer para a sociedade a importanica do voto, da boa escolha. É fazer ver que o voot comprado sai muito caro para o cidadao, pois ele ganha 50 reais e perde todo o resto, inclusive a dignidade

Anônimo disse...

sou de muaná atualmente moro em ananindeua e duas vezes por ano vou passar minhas ferias na terra em que nasci e que amo muito e cada vez que chego lá é uma paisagem diferente é rios mais poluidos é a floresta mais desmatadas não tem fiscalização dos governantes e nem consientização da população nesse ritmo até quando vai durar nossos rios e florestas??

Anônimo disse...

Fico feliz por saber da existência de mais um Muanense, bem sucedido. Sou Muanense nasci no interior de lá, no Rio Tejucaquara. Hoje Trabalho no TJE/PA, e faço corretagem de imóveis, mais especificamente regularizações de imóveis. Concluirei o o curso de direito este ano, se Deus permitir. Irei estudar ciências jurídicas, em Julho, na Universidade de Móron, na Argentina. Quero poder ser alguém importante e poder contribuir com Muaná, e, quem sabe, ajudá-la a sair desse período sombrio, em q está. Vc Dra. se puder erguer seu poder para fazer algo por Muaná, conte comigo, com certeza seu nome não será esquecido por nossos conterrâneos. Não a conheço mas percebo q seus ideais podem ser comungados por muitas pessoas. Devido ao alto índice do êxodo urbano dos meliantes da capital, procuram cidades interioranas pra se refugiarem. Nas periferias de nossa cidade, está proliferando a criminalidade, bem como o trafico de drogas, devido essas pessoas. Tive pensando em fazer um projeto de lei, para ao menos, afugentar esta esses criminosos de Muaná. Seria assim: Algo q autorizasse a fazer um tipo de levantamento (um censo) dos residentes de Muaná, anotando a quantidade de pessoas. Solicitando a identificação de cada morador, isso podendo ser feito pela Policia militar ou civil, ou outras pessoas, indo de cada em casa de Muaná, orientando os quais não tivessem identificação ou se recusasse a fazer isso, poderiam ser convidados a se apresentarem na Delegacia para identificação legal. Claro q com esse procedimento, os q fossem criminosos iriam começar a se assustar e se retirar de Muaná. Isso não resolveria o problema, mas já seria um passo para rechaçar esse mal em Muaná. Claro q ainda não estudei as possiblidades de se fazer isso, mas esse mês começarei. Tal atitude é uma maneira de fazer algo por nossa Cidade. Se vc entendeu o cerne do que gostaria de fazer, e, se puder me auxiliar nesse ideal, ou ainda, se vc quiser proceder assim, poderei contribuir com vc. Se interessar o assunto pode me contatar pelo e-mail: miguel.tribunal@yahoo.com.br. Cumprimentos, Miguel Jr.

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