Ou,  AGRICULTURA FAMILIAR X AGRONEGÓCIO: qual dos   dois modelos de  desenvolvimento agrário traz mais vantagem para nós,   consumidores 
Por Ana Maria  
Ontem, observei que mais uma vez alguns produtores   rurais estavam expondo seus
 produtos orgânicos napraça Batista Campos – ou melhor, na   calçada do Colégio Santa 
Rosa, em frente à praça  - para venda direta ao consumidor. 
As feirinhas de produtos orgânicos são iniciativas   interessantes para a nossa cidade pois, ao estabelecermos vínculos mais próximos   com os produtores podemos adquirir alimentos saudáveis a preços razoáveis e de   origem conhecida.
Aproveito o mote para pensar a questão agrária a   partir do ponto de vista do consumidor. 
Meu foco, portanto, é levantar alguns   pontos que revelam as vantagens de o consumidor 
apoiar um modelo de desenvolvimento   agrário que possibilite adquirir produtos 
agroecológicos, produzidos pelos   agricultores familiares, em detrimento do modelo 
voltado para o agronegócio. Vejamos:
AGRICULTURA FAMILIAR (AGROECOLOGIA) = modelo de desenvolvimento   rural 
que tem como característica principal o fato de distribuir menor quinhão   de terra, de forma 
a contemplar muitos agricultores. Esse modelo possibilita:
- empregar muita mão de obra = mais pessoas com acesso à renda = menos famílias dependendo do bolsa família e/ou outros programas sociais da mesma natureza;
 
- dinamizar economias = mais pessoas com acesso à renda, menos pobres nas esquinas pedindo esmolas;
 
- abastecer mercados locais com alimentos saudáveis = nos municípios em que há agricultores familiares não faltam frutas, verduras, legumes livres de produtos químicos pesados.
 
          Lembro-me que, certa   vez, uma colega Promotoria de Justiça de relatou que na 
          comarca dela não havia   alimentos para venda. Ela tinha que ficar atenta para quando 
          chegava alguma   verdura, legume ou fruta em algum caminhão do Sul do país, pois de 
          outra   forma passaria fome, mesmo tendo dinheiro no bolso. Eu nunca passei por 
          dificuldade   tal, pois sempre trabalhei em comarcas com abundancia de alimentos, 
          com   destaque para Ourilandia do Norte, Tucumã, São Félix do Xingu, Conceiçao do 
          Araguaia,   Itupiranga, Marabá, Tailândia, Castanhal e agora, a minha querida Barcarena.
- modelo se adapta perfeitamente às pequenas e médias propriedades;
 
- conseguem manejar sistemas diversificados e mais intensivos em mão-de-obra
 
AGRONEGÓCIO - modelo que tem como característica principal   grandes extensões de terra 
concentradas nas mãos de poucos. 
- Emprega pouca mão de obra = menos pessoas com acesso a emprego e rensa = mais pessoas pobres, que dependem de ações do Poder Público para sobreviver = menos pessoas lucrando com o negócio (lucro fica nos bolsos de poucos) ;
 
- altíssimo uso de máquinas e produtos químicos;
 
- produção voltada para a exportação = menos comida em sua mesa
 
- sustentabilidade imposssivel pelas vastas extensões de monoculturas = o modelo adotado pelo grande agronegócio elimina completamente os elementos da paisagem natural, reduz a biodiversidade ao extremo e exaure o solo, tornando impossível produzir de maneira sustentável.
 
A única   forma de se garantir o consumo de alimentos realmente “limpos” é adquirir 
produtos orgânicos, que são cultivados sem o uso de venenos. 
Conclusão: consumidor consciente dos riscos dos   agrotóxicos prioriza a compra de alimentos 
produzidos de forma   agroecológica. Além de cuidar da saúde, ainda ajuda a melhorar o sistema 
de distribuiçao de renda em nosso país, contribuindo para a Justiça Social.  

2 comentários:
QUEM SOU EU?
Nesta altura da vida já não sei mais quem sou...
Vejam só que dilema!!!
Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa INQUILINO, na condução PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado CONSUMIDOR.
Para a Receita Federal CONTRIBUINTE, se vendo algo importado CONTRABANDISTA. Se revendo algo, sou MUAMBEIRO, se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE, se não pago imposto SONEGADOR. Para votar ELEITOR, mas em comícios MASSA , em viagens TURISTA , na rua caminhando PEDESTRE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE. Nos jornais viro VÍTIMA, se compro um livro LEITOR, se ouço rádio OUVINTE. Para o Ibope ESPECTADOR, para apresentador de televisão TELESPECTADOR, no campo de futebol TORCEDOR.
Se sou corintiano, SOFREDOR. Agora, já virei GALERA. (se trabalho na ANATEL , sou COLABORADOR ) e, quando morrer... uns dirão... FINADO, outros... DEFUNTO, para outros... EXTINTO , para o povão... PRESUNTO... Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui... ARREBATADO...
E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!! E pensar que um dia já fui mais EU.
Luiz Fernando Veríssimo.
"Não fique triste quando ninguém notar o que fez de bom
Afinal...
O sol faz um enorme espetaculo ao nascer,e mesmo assim, a maioria de nós continua dormindo."
Adoro você.
(Charles Chaplin)
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