Theatro da Paz: símbolo de uma época de desenvolvimento socioeconomico ímpar. É suntuoso, belo, histórico

domingo, 10 de abril de 2011

Por Ana Maria, com base nas informaçoes contidas no texto theatrodapaz.com em 10/04/2011

Tenho o costume de fazer turismo na minha própria cidade, Belém. De vez em quando faço visitaçoes aos pontos turísticos como se turista fosse, pago entrada com guia, máquina fotográfica na mão e tudo o que um bom turista tem direito. 
Sinto grande prazer em visitar o Theatro da Paz ou o 
Museu de Arte Sacra, ouvindo dos respectivos guias 
as histórias das construçoes, dos artistas que trabalharam nas pinturas, nas esculturas, nos projetos arquitetônicos. Entro na Igreja da Sé, na Igreja do Carmo, faço longos passeios de carro pelas ruas do passado (Gaspar Viana, Boulevard Castilho Franca e outras). Circulo pela Cidade Velha, onde nasci e vivi uma infância despreocupada
e feliz, mas rigidamente observada pela minha mãe, que
era mais severa do que um general em tempo de guerra. 
Em vista desse controle materno, eu considerava uma verdadeira aventura quando ela me permitia subir nos 
leões da Praça Dom Pedro I ou brincar de "pira" dentro do Forte do Castelo, imaginando o passado da cidade e as pessoas que por lá estiveram antes de mim. Ainda tenho esses 
sentimentos por Belém, de forma que hoje, ao me deparar com uma notícia sobre o Theatro
da Paz, achei interessante fazer a postagem sobre esse belo patrimônio da nossa urbe. 

THEATRO DA PAZ - UM POUCO DA HISTÓRIA
Durante o período áureo do Ciclo da Borracha, Belém e toda a região norte viveram um grande crescimento econômico que lhes possibilitou significativa transformação sócio-econômica.
Um dos anseios da sociedade da época era que Belém (então chamada de “A Capital da Borracha”) tivesse um teatro de grande porte, capaz de receber espetáculos do gênero lírico. O governo da província, então, contratou o engenheiro militar José Tiburcio de Magalhães para dar inicio ao projeto arquitetônico inspirado no Teatro Scalla de Milão (Itália).

Começo da obra: julho de 1869 
Destaque: arquitetura neoclássica. 
Inauguraçao: 15 de fevereiro de 1878
Nome: Nossa Senhora da Paz - alusão ao final da guerra do Paraguai. No entanto, dois dias depois seu nome foi reduzido para Theatro da Paz.

Decoração: inicialmente foi decorado de forma simples, mas aos poucos foi sendo embelezado com novos elementos de decoração e pintura. 

Artistas destacados: os italianos Domenico D’Angelis e Capranezi.

HALL DE ENTRADA  
É composto por materiais decorativos importados da Europa: ferro fundido inglês nos arcos das portas; escadaria em mármore italiano;lustre francês; bustos em mármore de carrara dos escritores brasileiros José de Alencar e Gonçalves Dias; estátuas em bronze francês; piso com pedras portuguesas formando mosaico e coladas com o grude do Gurijuba (peixe encontrado na região); paredes e teto pintados representando as artes gregas.

GRANDE REFORMA
Em 1905 o Theatro da paz passa por uma significativa reforma que lhe deu a forma definitiva.


PRINCIPAIS ALTERAÇOES DA REFORMA DE 1905    
  1. CORREDOR DAS FRIZAS     
A porta principal de acesso ao salão de Espetáculos foi fechada porque prejudicava a acústica. Em seu lugar foi colocado um espelho em cristal francês e foram acrescentadas estátuas em pedra francesa. Nas paredes foram fixadas placas em ferro esmaltado contendo o regulamento da época informando que “é proibido fumar”.

O piso foi decorado em Parquê, utilizando as madeiras regionais como acapu e pau amarelo.

2 SALÃO DE ESPETÁCULOS DO ESPETACULAR THEATRO DA PAZ 

A Sala de Espetáculos originalmente possuía 1100 lugares, mas hoje comporta 900.
As cadeiras conservam o estilo da época: madeira e palhinha adequadas ao clima da região.
A balaustrada é toda em ferro inglês folheado a ouro.
A pintura em afresco do teto central apresenta elementos da mitologia greco-romana fazendo uma alusão ao Deus Apolo conduzindo a Deusa Afrodite e as musas das artes à Amazônia.
No centro do teto foi adaptado o lustre em bronze americano que substituiu um grande ventilador que ajudava amenizar o calor.
Nas paredes com motivos florais, as pinturas imitam o papel de parede.
O forro dos camarotes foram pintados obedecendo à hierarquia social da época. Para a 1ª classe eram utilizadas as seguintes localidades: varanda, platéia, frisas, camarotes e procênios de 1ª ordem; para a 2ª classe: galerias, camarotes e procênios de 2ª ordem e para 3ª classe paraíso.
Os procênios eram reservados as autoridades como Prefeito, chefe de polícia e diretores de escola.
O Camarote Imperial, atualmente do Governador, situado na 1ª ordem de camarotes, é ornamentado com mobília em madeira regional.
O pano de boca pintado na França no ateliê Carpezat intitulado “Alegoria à República“ foi inaugurado em 1890 em celebração a República Brasileira.

3 SALÃO NOBRE  

O Salão Nobre (Foyer), local onde a nobreza costumava se reunir para bailes, pequenos recitais e durantes os intervalos dos espetáculos, é um espaço altamente decorado com espelhos e lustres em cristal francês e bustos em mármore de carrara de dois grandes compositores da época: Carlos Gomes e Henrique Gurjão.
O mezanino do salão era o local usado pelos músicos nos eventos sociais e freqüentado pelas pessoas do paraíso em noite de espetáculos.
A pintura do teto feita em 1960 é do Pernambuco Armando Baloni, que se inspira nas musas da música ladeadas pela fauna e flora amazônica.
As paredes, pintadas pelos italianos, retratam motivos neoclássicos com buquês de flores.

4. FRONTARIA

Havia uma polêmica na norma do neoclássico italiano: na regra, deveria ser colunas pares e entradas impares, mas o Theatro inaugurou ao contrário, com sete colunas e seis entradas.
Em vista disso, a frontaria foi o ponto mais significativo da reforma ocorrida em 1905: o frontão foi recuado e retirado uma coluna e uma entrada.
Para decorar, colocaram medalhões de musas, que representam as artes cênicas: comédia, poesia, música e tragédia; as laterais a dança. No centro o Brasão do Estado do Pará.
Uma das luminárias da balaustrada representa o dia e a outra, a noite.
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Viste o Theatro da Paz - é lindo, é inesquecível. 
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Baseado no texto estrito em theatrodapaz.com em 10/04/2011, publicado em http://www.agencianortedenoticias.com.br/??=noticias&id=5770

4 comentários:

Anônimo disse...

Se o assuntoé cultura, mvamos às armadilhas da língua

Tautologia é o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras
diferentes, mas com o mesmo sentido. O exemplo clássico é o famoso

'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como

você pode ver na lista a seguir:
- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exata
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outraalternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo juntoà carta
- de sua livreescolha
- superávit positivo
- todosforam unânimes
- conviver junto
- fato real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planejar antecipadamente
- abertura inaugural
- continua apermanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamenteexcessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito.

Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'.

Existe alguma surpresa esperada?

Claro que não.
Gostou?

Repasse para os amigos amantes da língua.



Que seja útil!

Anônimo disse...

pena que o entorno é dominado por pessoas que nao sabem valorizar o belo.

Anônimo disse...

quando o prefeito vai acordar para o fato de que o bar do parque está sendo explorado de forma a nao agregar nenhum valor para a nossa cidade?

Fã disse...

"O amor é arriscado,mas sempre foi assim. Há milhares de anos as pessoas se buscam e se encontram"

[ Paulo Coelho ]

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