Hidrelétrica de Tucurui: opção pela alta queda e desprezo à navegabilidade

domingo, 28 de agosto de 2011

Alta queda ou baixa queda? Algumas explicações, com base no texto de Lucio Flavio Pinto, publicado no http://www.gentedeopiniao.com/hotsite/conteudo.php?news=77752)


Hidrelétrica de Tucurui
Objetivo da obra: máximo de energia a ser gerada num único ponto. 
Por conta dessa meta, a opção, adotada na década de 1970, foi fazer um único represamento de alta queda, que provocou desnível de 70 metros. Com isso, possibilitou o máximo de energia, que chegou a 8,4 mil quilowatts. 

Em compensação, para permitir a transposição foi preciso construir duas enormes eclusas e um longo canal intermediário entre elas. Trata-se de um dos maiores sistemas desse tipo em todo o mundo. O desnível é do tamanho de um prédio de 33 andares, como o Real Class, que desabou em Belém no dia 29 de janeiro de 2011.

A outra possibilidade seria construir três ou quatro barragens rio a montante, até Itupiranga, que poderiam vencer sucessivamente desníveis médios de 20 metros.



As duas hidrelétricas em andamento no rio Madeira, em Rondônia, que vão gerar 80% da energia produzida por Tucuruí. 
1. Os projetistas descartaram liminarmente a alternativa de levantar uma única barragem no Madeira, o principal afluente do rio Amazonas. 
2. Em vez de uma só usina, com barragem de 40 metros, formando um grande reservatório, optaram por duas estruturas: Jirau, com desnível de 12 metros, e Santo Antônio, com altura de pouco menos de 20 metros, ambas formando pequenos reservatórios, em conjunto equivalentes a um quinto da área inundada pela represa de Tucuruí, com seus 70 metros.

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