O Brasil todo volta sua atenção para o
julgamento do” Mensalão”.Não resta duvida que a vontade do povo consiste na
condenação de todos os envolvidos.Vontades a parte,ate mesmo por segurança
republicana de todo cidadão devemos esperar que a justiça seja feita baseada no
estabelecido em lei,e,no restrito conteúdo das peças processuais,jamais ao desejo
midiático ou popular.
Na última sessão onde o revisor
proferiu seu voto, as expectativas de todos pela estrita condição jurídica do
feito ficou abalada, quando o relator pediu a replica,e, o revisor
manifestou-se pela treplica. Pareceu a todos tratar-se de um embate entre a
promotoria e o advogado de defesa de um júri comum, onde um acusa e o outro
defende o réu.
Podem com tais condutas, ate
mesmo buscarem uma visibilidade de melhores entendimentos de seus argumentos
para os demais pares, entretanto, a primeira sensação que fica é o da divisão de
interesses pessoais, um querendo a todo custo condenar, e, o outro a todo custo
inocentar. A principio a emoção do desejo pessoal suplantou o dever de oficio
do juiz.Para a segurança de todos será necessário dissipar esta impressão
pública dissolvendo os sentimentos pessoais em arrazoados eminentemente jurídicos,que
ainda assim devera serem robustecidos pela centralização na frieza das provas e
na consistência das leis por ocasião da fala em sentença dos demais membros da
casa.
O povo não pode perder o
entendimento de que a mais alta corte do país realmente defende nossa constituição,
e, de terem a certeza de que todo e qualquer recurso será julgado com base única
e exclusivamente com base nas provas colhidas, e, em leis a serem aplicadas, jamais
em desejos pessoais, partidários, ou pressões midiáticas ou mesmo popular.
A isto tudo lembro uma passagem histórica
que os livros contam sobre o rei Frederico II, ”O Grande”, rei da Prússia, que
resolveu construir um palácio de verão em Potsdam, próximo a Berlim. Ao
precisar aumentar sua construção tentou comprar o moinho de um moleiro que, se
negou a vendê-lo. O rei disse-lhe que se o desejasse poderia tomá-lo tendo o
moleiro lhe respondido “AINDA HÁ JUÍZES
EM BERLIM”.
Esperemos que, aqui também, assim seja.
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