Mais uma vez os pobres levam a pior: incidência de câncer nos países pobres é bem maior do que nos ricos

domingo, 27 de novembro de 2011

Em 2015, no mundo, cerca de 15 milhões de casos novos de câncer serão diagnosticados, sendo uma grande parte deles provenientes dos países menos desenvolvidos.  Os países menos desenvolvidos possuem 85% da população mundial e correspondem a 61% dos casos de câncer, mas apenas 6% do custo mundial com câncer é aplicado nestes países.
Hoje, 27 de novembro, celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Câncer – doença que, atualmente, é uma das principais causas de morbidade e mortalidade na população brasileira.

As estimativas para 2012 apontam para cerca de 500 mil casos novos de câncer na população brasileira, com predomínio dos cânceres de mama, próstata, pulmão, cólon e reto (além do câncer de pele).

Fórum de discussão mundial sobre a questão da saúde - A Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais em Saúde realizada no Rio de Janeiro entre os dias 19 e 21 de outubro com o  tema “Todos pela equidade”. Equidade em saúde significa que todos os indivíduos devem ter igual oportunidade de promoção e recuperação da saúde.

Em todo o mundo, porém em maior intensidade nos países menos desenvolvidos, as iniquidades sociais contribuem para uma maior exposição aos fatores de risco para o câncer, aumentando a incidência e a mortalidade da população.

Os determinantes sociais de saúde são as condições nas quais as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem. As condições de saúde de uma população estão diretamente relacionadas a essas condições e como estão organizados os sistemas de saúde.

No caso específico do câncer, mais da metade das mortes poderia ser evitada por ações de prevenção e detecção precoce, entretanto, nos países menos desenvolvidos, os recursos, humanos e financeiros, não são suficientes para “controlar” este excessivo número de casos novos.
Fonte: Redação ANN e Coinet.com em 27/11/2011
 

1 comentários:

Ana Maria disse...

Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que as condições de tratamento no país são muito desiguais. No Sudeste há centros de excelência. No Norte sequer há tratamento em algumas regiões. Ou seja, o país ainda não está preparado para atender uma demanda cada vez maior de doentes.

O câncer é a segunda causa de morte no país. Entre os homens, o mais comum é o de próstata e entre as mulheres, o de mama.

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez uma auditoria na política nacional de câncer. A situação é crítica na Região Norte. No Pará, apenas 40% dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) conseguem fazer quimioterapia. Em Rondônia, só 6% dos doentes com câncer que precisam de cirurgia são operados. Já o Amapá e Roraima sequer oferecem radioterapia.

O país não se preparou para enfrentar a doença, que tem 500 mil novos casos por ano. Faltam leitos, equipamentos e profissionais. Muitas vezes a pessoa é diagnostica com câncer, mas não encontra vaga para iniciar o tratamento.

Os pacientes que precisam de quimioterapia aguardam, em média, 58 dias. A espera é ainda maior para radioterapia: cem dias. A demora reduz as chances de cura, que costumam ser de 90% em tumores em estágio inicial.
O médico Paulo Marcelo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer em São Paulo, afirma que não há solução a curto prazo.

“É preciso que se faça um investimento no desenvolvimento de uma infraestrutura que possa dar vazão à demanda, ao numero de pacientes que estão surgindo. É preciso que se aumente o número de indivíduos que são treinados para fazer o atendimento a pacientes com câncer. É preciso também que a sociedade como um todo demande que haja um aumento na verba que é disponibilizada para que isso possa ser implementado”, defende o médico.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou o volume de recursos para tratamento contra o câncer no país em 22%. O ministério deve fechar o ano com investimentos de R$ 2,2 bilhões – R$ 400 milhões a mais do quem em 2010.
Fonte: Redação ANN e Bom dia Brasil em 24/11/2011

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