A 1ª Vara do Júri da Capital de RS determinou que Ricardo José Neis deverá ser julgado pelo Júri popular pela acusação de 17 tentativas de homicídios qualificados contra ciclistas do grupo Massa Crítica. Cabe recurso ao TJRS.
Na decisão, a magistrada destacou que a tese da defesa (de que a atitude agressiva do grupo teria levado o motorista ao desespero, acelerando o carro contra os ciclistas buscando unicamente deixar o local) deve ser analisada pelos jurados. Ela ponderou que, neste momento processual, não é possível excluir que a ação de Neis teve a intenção de matar. Para a desclassificação aventada pela defesa, é mister a prova inequívoca da presença de seus requisitos, o que, nesta etapa, não se vislumbra.
O caso
O crime ocorreu no dia 25/2/2001, no Bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, durante evento de ciclistas promovido pelo Ricardo Neis. Conforme denúncia do Ministério Público, 17 pessoas foram atropeladas pelo réu que estava no carro acompanhado de seu filho, dirigindo logo atrás do grupo.
No dia 1º/3 do mesmo ano, a 1ª Vara do Júri decretou a prisão de Neis, que estava recolhido no Hospital Psiquiátrico Parque Belém. Em 11/3, nova decisão determinou que o réu fosse removido para o Presídio Central, onde ficou até o dia 7/4, quando foi liberado por habeas corpus concedido pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Agora, terá que enfrentar o Tribunal do Júri pelo tresloucado ato.
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