Uma ucraniana de 18 anos morreu nesta quinta-feira quase três semanas depois de sofrer um estupro coletivo por três jovens, em um ataque que se tornou um dos maiores crimes do país nos últimos anos.
Segundo os promotores do caso, Oksana Makar foi estuprada, estrangulada, queimada viva e abandonada à morte em um canteiro de obras na cidade de Mykolayiv, no sul da Ucrânia, no dia 10 de março do ano em curso.
A vítima foi encontrada por uma pessoa que passava pelo local onde ela jazia. O resgate a levou para um hospital especializado na cidade de Donetsk, ao leste da Ucrânia, em estado crítico, com 55% do corpo queimado. Os médicos tiveram que amputar-lhe os pés, um braço e uma perna, mas ela não resistiu e morreu em decorrência dos ferimentos, que lhe causaram hemorragia nos pulmões, segundo relato do médico-chefe do centro de queimaduras de Donetsk, Emil Fistal.
O crime causou uma comoção pública na Ucrânia, expondo a incompetência das autoridades responsáveis e a extensão dos problemas sociais em cidades industriais como Mykolayiv, em especial pelo avanço do consumo de drogas e de pessoas contaminados pelo virus da AIDS.
O ataque desencadeou a indignação dos moradores locais e do grupo feminista Femen, que protestou de topless em frente à Promotoria Geral em Kiev. "Morte aos sádicos!" e "Oksana, Vive!" bradavam as feministas depois de terem escalado o pórtico de entrada do prédio da Promotoria.
A revolta geral aumentou com um vídeo difundido no Youtube que foi apresentado como sendo o interrogatório de um dos torturadores de Oksana Makar. Nele, é possível ver um jovem, com o rosto encoberto, descrevendo o crime. Ele diz que estrangulou Oksana com as mãos e, depois, com uma corda. Alega que a vítima tinha aceitado manter relações sexuais com os três, mas depois ameaçou "denunciá-los à polícia" por estupro. "Ela gritava (...) e eu a estuprei. Ela não se acalmou e decidi estrangulá-la", contou o assassino confesso.
Acreditando que a jovem estava morta, seus agressores a jogaram em um canteiro. "Eu não queria queimar o corpo", disse ele, alegando ter ateado fogo apenas em um pedaço de pano, o qual foi atirado próximo à vítima.
Estupradores
A imprensa ucraniana indicou que os suspeitos são filhos de pais ricos com fortes relações com as autoridades do governo local. Contudo, seus nomes ainda não foram oficialmente revelados.
Um deles alugou o apartamento onde ela foi estuprada. Depois de interrogados, eles foram liberados, mas, devido ao impacto do escândalo, dois suspeitos voltaram a ser presos alguns dias depois.
Várias autoridades da polícia e da Promotoria local foram demitidas, segundo o Ministério do Interior.
Pena perpétura
Se provada a autoria, os suspeitos do hediondo crime podem ser condenados à prisão perpétua, pena mais severa da Ucrânia.
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/ucraniana-morre-estupro-coletivo-momentos-horror-190240871.html
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