Por WALMARI PRATA CARVALHO.
Excelente o editorial publicado no Jornal O liberal deste sábado com o titulo “O grito da liberdade”. O autor realmente possibilita aos leitores a condição de perceberem que, as prisões ditatoriais não se delimitam apenas as masmorras, ou as grades. Em seu editorial deixa, e, conduz o autor ao exercício do imaginário do leitor ao possibilitá-lo divagar em tudo que se encontra sublimado nas entrelinhas do tema. Percebemos então que nossos grilhões estão presentes rotineiramente em nosso dia a dia sem que a maioria do povo tenha esta percepção.
Rotineiramente me prendo quando coloco as grades em minha janela; prendo-me quando não saiu à noite em razão da insegurança, me prendo quando atos governamentais impõem condições para a educação de meus filhos; sinto-me preso quando me obrigam a votar; excluem-me a liberdade quando me obrigam a submeter-me a filas desumanas, e, quase sempre humilhantes quando preciso de tratamento da saúde; sinto-me preso quando mesmo dentro de meu direito, o Estado me obriga a buscá-lo na justiça, e, ainda assim procrastina nas diversas instancias o beneficio do mesmo; sinto-me preso quando observo o tratamento diferenciado entre os litigantes de um mesmo caso, ocasião em que aquele com posses ou poder sai mais rápido beneficiado; sinto-me preso quando vejo qualquer patrimônio ser invadido perante a inércia do poder público; sinto-me preso ou ver latifúndios improdutivos não serem usados em beneficio social. Na realidade criamos inúmeras condições pessoais de prisões, dentre elas, a do silencio, ela é a que possibilita todas as demais inclusive e principalmente as estatais. Não resta duvida que estejamos num regime travestido de democrático com suas masmorras camaleonicamente sublimadas em atos ditos democráticos, onde o poder não é igual para todos, onde a visão parcimoniosa privilegia primeiramente o membro do clã.
Diferentemente do passado, hoje as armas devem ser a palavra, a verdade, os fatos, a educação, não resta duvida que esta revolução somente seja possível,quando todos em coro irmanados buscarem o mesmo objetivo dizer gritar indignar espernear recorrer delatar saber votar,isto somente será possível com motivações como esta do tema do editorial, que alem de dizer devera ser como empresa midiática o Quartel General desta revolução, contra esta ditadura de compadres, dificilmente alcançados pelas reais masmorras, por isto devemos impor-lhes as masmorras morais que inicia com o espaço onde o povo possa dizer, assim como disse sabiamente o editor do editorial.
Belém 28 de janeiro de 2012.
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