Policial federal assassinado, Wilton Macedo, participou da operação que desvendou a quadrilha de Cachoeira

domingo, 22 de julho de 2012

Wilton Macedo

No dia 17 de junho, o agente da Polícia Federal Wilton Tapajós Macedo foi executado com dois tiros na cabeça, à queima roupa, quando visitava o túmulo dos pais, no cemitério de Brasília. 

As causas do assassinato ainda não estão claras, mas a principal linha de investigação aponta para execução por motivo de vingança ou queima de arquivo.

A investigação foca em duas hipóteses: morte por encomenda ou acerto de contas, pois, de um lado, há o fato de que Tapajós er um policial de ponta, com participação ativa na Operação Monte Carlo, que desmantelou a organização criminosa comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, assim como também integrou ações de alto risco no combate a quadrilhas de narcotraficantes e pedófilos, por exemplo. E de outro lado, também não estão descartadas motivações pessoais ou acerto de contas, haja vista que colegas de trabalho do agente relataram aos investigadores que Tapajós poderia estar devendo dinheiro a agiotas.
A própria PF abriu inquérito para apurar o crime.

Os investigadores têm o retrato falado de um suspeito, feito a partir de informações de um coveiro do Cemitério Campo da Esperança, onde ele foi morto com dois tiros na cabeça. Imagens de câmeras de segurança do cemitério vão ajudar os investigadores. Segundo relatos, os dois homens que cometeram o crime demonstraram frieza e profissionalismo. Pareciam saber da rotina da vítima.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, que também é delegado federal, confirmou que a polícia já está na pista de dois suspeitos do homicídio e que a Justiça emitiu ordem de prisao contra ambos, mas as identidades não foram divulgadas para não alertar os alvos.

A captura dos criminosos está muito próxima. Equipes especiais das Polícias Federal e Civil formaram uma força tarefa, com a participação de peritos, para esclarecer as circunstâncias do crime e prender os assassinos. As equipes vasculharam fazendas e endereços no entorno do DF e demarcaram os locais mais prováveis onde eles podem estar escondidos.
 
O agente sentia-se ameaçado e recentemente registrou queixa na Corregedoria da PF, segundo informou a superintendente regional do órgão, delegada Silvana Borges.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF, Jones Borges Leal, denunciou que os policiais federais estão submetidos hoje a total falta de segurança no trabalho. Ele teme que outros agentes sofram atentados no exercício da profissão. Mas disse não ter elementos que confirmem se o assassinato de Tapajós está ou não vinculado à Operação Monte Carlo.
 

1 comentários:

Blog do Paulo Henrique disse...

9

Vida de Delegado

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