Por WALMARI PRATA CARVALHO
Todo cidadão comum sem os privilégios de uma reduzida, mas crescente casta de autoridades, e, seus seguidores, normalmente obsequiados com uma proteção clientelista do Estado, provavelmente em razão de estarem submetidas diretamente as intempéries de um povo sem efetiva assistência pública procuram caminhos, que lhes propicie condições satisfatórias de encontrarem a felicidade. Nesta procura buscam identificar a principal causa das dificuldades que enfrentam identificando na corrupção a maior delas. Buscam encontrando na constituição todo o embasamento para que, esta doença receba o tratamento de erradicação, entretanto, mesmo disponibilizado o remédio nem sempre é empregado indistintamente, e, a doença continua se propagando. Neste ponto a razoabilidade cede espaço para utópicos caminhos em razão do desespero pela sobrevivência. Uns imaginam a pena de morte como solução, outros o retorno da antiga ditadura. Um amigo meu fez referencia a um distante período, que ficou conhecido como “O MARTELO DAS BRUXAS”. Trata-se de um livro escrito em latim denominado “O MALLEUS MELEFICARUM” atribuídos a autoria de Heinrich Kraemer, e, James Sprenger com publicação registrada de 1484. Este livro destinava-se a orientar, as caças as bruxas, e, era dividido em três partes: A primeira ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes; a segunda parte expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os; e a terceira regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las.
Permitindo-me devaneios em razão do desejo de solução mais imediata para as inúmeras bruxarias, e, incontáveis bruxos encastelados nos poderes. Condiciono por analogia transformar as bruxas em maus políticos, e, corruptos de qualquer natureza, e, as bruxarias nos seus atos de corrupção.
Teríamos muita lenha vagabunda para queimar. Percebo a condição não cristã para tal fogueira, mas, estas ímprobas criaturas queimam nosso patrimônio, e, conseqüentemente debilitam a assistência do estado propiciando mortes, e, ainda assim seguem serelepes impunes.
Sonhar não ofende, pelo menos podemos mesmo utopicamente imaginar um tribunal de CAÇA AOS CORRUPTOS, pois do jeito que esta fica muito difícil sonhar, e, enquanto nossos tribunais não trocarem o foco dos três P, substituindo-os pelos corruptos, só nos resta sonhar com sandices, afinal, assim se encontra o sistema.
Belém 13 de fevereiro de 2012.
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