Novo Congresso vai enfrentar 24 MPs e projetos polêmicos

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Congresso Nacional terá que apreciar prioritariamente 24 MP`s (medidas provisórias) que tramitam nas duas Casas, sendo que 11 trancam a pauta de votações nos plenários.

MPs que esperam por votação:

1. REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO
O governo ainda negocia com as centrais sindicais para evitar um aumento superior ao INPC de 2010, que resulta num piso de R$ 545. Os sindicalistas pedem um mínimo de R$ 580.

No Congresso, já há emendas propondo valores para o salário mínimo que variam de R$ 560 até R$ 600. O governo tenta negociar para evitar que Dilma tenha que assumir o desgaste político de vetar no primeiro ano de governo um reajuste acima do proposto para a parcela dos trabalhadores e aposentados que menos ganham. A votação será o primeiro grande teste da grande base aliada da presidente.


2. PETROLEO

Na próxima semana, o ministro das Minas e Energia deve reunir com os líderes do governo e da base aliada para definir a estratégia em relação ao projeto de lei que estabelece novas regras para o pagamento de royalties a Estados e municípios decorrente da exploração de petróleo na camada pré-sal.

No ano passado, o tema gerou uma enorme disputa federativa. A proposta enviada ao Congresso em dezembro pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não foi negociada com a base aliada e nem com os maiores interessados: os prefeitos e governadores.

O governo tem pressa em aprovar esse projeto porque enquanto não houver um regra clara sobre a distribuição royalties não será possível realizar os primeiros leilões das áreas do pré-sal sob o modelo de partilha.


3. CÓDIGO FLORESTAL

Durante a campanha eleitoral a presidente Dilma Rousseff afirmou que do jeito como o projeto havia sido aprovado inspirava preocupações e que, se eleita, pediria que houvesse uma revisão das regras.

Os ambientalistas criticam o projeto, que pode levar a uma redução da área de reserva ambiental legal nas propriedades rurais. Além disso, pode reduzir a exigência de mata preservada nas margens de rios.


4. MUDANÇAS TRIBUTÁRIAS

Os deputados e senadores também devem ser encarregados de aprovar um pacote amplo de medidas de desoneração tributária, com foco no estímulo da produção e geração de emprego. Entre elas, deve constar a desoneração da folha de pagamento.


5. NOVO CODIGO DE MINERAÇÃO

O Executivo deve enviar em março ao Congresso o novo Código de Mineração, segundo estimativa do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. As novas regras devem estabelecer prazos para estudo e início da produção em jazidas minerais. O novo código do setor prevê também criar uma agência reguladora para a mineração e a retomada, pelo governo, de áreas concedidas mas que permanecem sem ser exploradas. Quando isso acontecer, as áreas poderão ser objeto de leilão para que novos investidores as explorem.

6. REFORMA POLÍTICA

Promessa de vários ex-presidentes e de quase todos os políticos, mas que nunca saiu do papel, a reforma política volta a ser colocada entre as prioridades. Tanto Dilma quanto os presidentes da Câmara e do Senado garantiram que esse assunto será tratado como prioridade nos próximos seis meses.

"São necessárias mudanças que fortaleçam o sentido programático dos partidos brasileiros e aperfeiçoem as instituições, permitindo mais transparência ao conjunto da atividade pública", afirmou Dilma no Congresso, na quarta-feira.


7. MEDIDAS QUE DEVEM VIR LOGO

A presidenta deve enviar logo propostas legislativas para impulsionar o combate à pobreza extrema e cumprir sua promessa de erradicar a miséria.
Nos primeiros meses do ano, Executivo e Legislativo têm interesse que sejam aprovadas medidas que reestruturem o sistema de prevenção de catástrofes naturais para evitar tragédias como a que devastou a região serrana do Rio de Janeiro.


tirado da Folha.com 03/02/2011 - 15h29

2 comentários:

Ana Maria disse...

Ismael, meu irmão, me inclua na lista dos que se indignam com os que desviam a função para se benefíciar. Se queremos saber por que tanta violência, tanto medo, tanta insegurança e falta de vigilância em todos os segmentos (até na contrução civil) a resposta está aí: "enquanto os homens exercem os pobres poderes, morrer e matar de fome, de raiva e de sede, sao tantas vezes, gestos naturais". Enquanto isso, "motos e fuscas avançam os sinais vermelhos. Somos uns boçais".

Ana Maria disse...

Os líderes partidários se reúnem nesta terça-feira com o presidente da Câmara, Março Maia (PT-RS), para discutir as prioridades de votação das primeiras semanas de trabalho do plenário.

A pauta do plenário está por trancada por 10 MPs (medidas provisórias). Além dessas, outras 13, com prazo de tramitação a vencer entre 20 de fevereiro e 19 de março, prec
isam ser votadas para evitar novos trancamentos.
Maia já anunciou que manterá a interpretação adotada na legislatura anterior, que permite a votação de propostas de emenda à Constituição, projetos de lei complementar, resoluções e decretos legislativos em sessões extraordinárias, mesmo com a pauta trancada por MPs nas sessões ordinárias.

O primeiro item da pauta é a MP 502/10, que cria duas modalidades de bolsa-atleta destinadas à categoria de base e aos atletas que estejam entre os 20 melhores de sua modalidade no ranking mundial.

Ela também exige dos comitês olímpico e paraolímpico e das entidades nacionais de desporto a celebração de um contrato de desempenho para poderem receber recursos federais.

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