Democracia vacilante: Sarney é reeleito para presidir Senado pela 4a vez. Entre nós, Pioneiro é eleito com 37 votos, dos 40 válidos, em chapa única

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Democracia vacilante: sem capacidade de alternância no poder e sem oposição nao se faz democracia. Sarney é reeleito para presidir Senado pela 4a vez. Entre nós, Pioneiro é eleito com 37 votos, dos 40 válidos, em chapa única. 
Isso tudo explica porque, em 22 anos de democracia eleitoral, nao conseguimos implementar percentuais mínimos de desenvolvimento humano.


Extraído de: Reuters Brasil  -  19 horas atrás  BRASÍLIA (Reuters) -

O senador José Sarney (PMDB-AP) foi reeleito, nesta terça-feira, presidente do Senado com 70 votos. É a quarta vez que o peemedebista, de 80 anos, ocupa o cargo.


Meu comentário: um dos pilares da democracia é a alternância no poder. Acho que não preciso dizer mais nada. Mas acrescento: esse homem, que se perpetuou no Poder, é quem domina (no sentido literal) um dos estados mais pobres e com maior número de analfabetos do nosso país.


O que pretendemos com sua manutenção em um dos cargos mais importantes da república? "Será que nunca faremos senao confirmar a incompetência da América católica ...."? 


Outro pilar da democracia é a oposição. Quanto a isso, ontem vimos Pioneiro ser eleito presidente da Alepa com 37 votos, dos 40 válidos, em chapa única para o pleito. Existe democracia sem oposição?   


Alguem tem esperança de que as promessas de igualdade,  liberdade e desenvolvimento humano que moveram os constituintes de 88 têm alguma chance de prosperar nos próximos quatro anos? 

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3 comentários:

Anônimo disse...

promotora,

ADO, ADO, ADO, TA TUDO DOMINADO.

Anônimo disse...

Dominado pelo que tem de pior...

Ana Maria disse...

"Como era esperado, José Sarney (PMDB-AP) elegeu-se com grande facilidade. Teve o voto de 70 dos 81 senadores. Mesmo assim, não deixaram de surpreender os oito votos dados à improvisada candidatura de Randolfe Rodrigues (Psol-AP). Sarney era candidato único até a véspera. Perdeu outros três votos – dois em branco e um nulo.

Uma vitória expressiva, de qualquer maneira. Que ele celebrou com lágrimas e com referências ao enorme sacrifício que estaria fazendo ao aceitar, pela quarta vez, o “encargo” de presidir o Senado. Senado que foi nos últimos anos uma verdadeira indústria de escândalos, muitos deles envolvendo diretamente Sarney e seus apadrinhados. Que, por sua vez, prometeu transformá-lo na mais sensacional das instituições públicas graças a uma reforma administrativa muito boa de apito, mas invisível em termos de resultados.

Mais antigo parlamentar no exercício do mandato, o octogenário Sarney conhece todas as manhas do Congresso e do poder. Mas, como professor de política, perdeu de lavada para o adversário que supostamente derrotou. Porque política, com P maiúsculo, está do lado daqueles que sabem captar os sentimentos e os interesses da sociedade e contribuem para atendê-los. Nos últimos anos, Sarney foi, sem dúvida, um leal aliado do petismo. Mas um adversário frequente das forças sociais que se empenham em mudar o jeito de se fazer política no país. Ora defendendo aliados, ora defendendo a própria pele.

O discurso de Randolfe, o mais jovem senador brasileiro, com apenas 38 anos, tratou com extrema elegância daquilo que não fez parte do pronunciamento de Sarney, a “dramática e grave crise ética” que colocou – e mantém – o Senado e a opinião pública em campos muito distantes. “Esta Casa precisa dizer não aos excessos administrativos”, conclamou Randolfe, advogando ainda a revisão de contratos, a auditoria de contas e, sobretudo, um debate público sobre o Senado como é hoje e como poderia ser.

A menos que haja pressão de fora, da sociedade ou dos meios de comunicação, esse debate não acontecerá. O estreante Randolfe, porém, deixa algumas lições".

Fonte: congresso em foco
Sylvio Costa

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