Democracia vacilante: sem capacidade de alternância no poder e sem oposição nao se faz democracia. Sarney é reeleito para presidir Senado pela 4a vez. Entre nós, Pioneiro é eleito com 37 votos, dos 40 válidos, em chapa única.
Isso tudo explica porque, em 22 anos de democracia eleitoral, nao conseguimos implementar percentuais mínimos de desenvolvimento humano.
Isso tudo explica porque, em 22 anos de democracia eleitoral, nao conseguimos implementar percentuais mínimos de desenvolvimento humano.
Extraído de: Reuters Brasil - 19 horas atrás BRASÍLIA (Reuters) -
O senador José Sarney (PMDB-AP) foi reeleito, nesta terça-feira, presidente do Senado com 70 votos. É a quarta vez que o peemedebista, de 80 anos, ocupa o cargo.
Meu comentário: um dos pilares da democracia é a alternância no poder. Acho que não preciso dizer mais nada. Mas acrescento: esse homem, que se perpetuou no Poder, é quem domina (no sentido literal) um dos estados mais pobres e com maior número de analfabetos do nosso país.
O que pretendemos com sua manutenção em um dos cargos mais importantes da república? "Será que nunca faremos senao confirmar a incompetência da América católica ...."?
Outro pilar da democracia é a oposição. Quanto a isso, ontem vimos Pioneiro ser eleito presidente da Alepa com 37 votos, dos 40 válidos, em chapa única para o pleito. Existe democracia sem oposição?
Alguem tem esperança de que as promessas de igualdade, liberdade e desenvolvimento humano que moveram os constituintes de 88 têm alguma chance de prosperar nos próximos quatro anos?
O que pretendemos com sua manutenção em um dos cargos mais importantes da república? "Será que nunca faremos senao confirmar a incompetência da América católica ...."?
Outro pilar da democracia é a oposição. Quanto a isso, ontem vimos Pioneiro ser eleito presidente da Alepa com 37 votos, dos 40 válidos, em chapa única para o pleito. Existe democracia sem oposição?
Alguem tem esperança de que as promessas de igualdade, liberdade e desenvolvimento humano que moveram os constituintes de 88 têm alguma chance de prosperar nos próximos quatro anos?
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3 comentários:
promotora,
ADO, ADO, ADO, TA TUDO DOMINADO.
Dominado pelo que tem de pior...
"Como era esperado, José Sarney (PMDB-AP) elegeu-se com grande facilidade. Teve o voto de 70 dos 81 senadores. Mesmo assim, não deixaram de surpreender os oito votos dados à improvisada candidatura de Randolfe Rodrigues (Psol-AP). Sarney era candidato único até a véspera. Perdeu outros três votos – dois em branco e um nulo.
Uma vitória expressiva, de qualquer maneira. Que ele celebrou com lágrimas e com referências ao enorme sacrifício que estaria fazendo ao aceitar, pela quarta vez, o “encargo” de presidir o Senado. Senado que foi nos últimos anos uma verdadeira indústria de escândalos, muitos deles envolvendo diretamente Sarney e seus apadrinhados. Que, por sua vez, prometeu transformá-lo na mais sensacional das instituições públicas graças a uma reforma administrativa muito boa de apito, mas invisível em termos de resultados.
Mais antigo parlamentar no exercício do mandato, o octogenário Sarney conhece todas as manhas do Congresso e do poder. Mas, como professor de política, perdeu de lavada para o adversário que supostamente derrotou. Porque política, com P maiúsculo, está do lado daqueles que sabem captar os sentimentos e os interesses da sociedade e contribuem para atendê-los. Nos últimos anos, Sarney foi, sem dúvida, um leal aliado do petismo. Mas um adversário frequente das forças sociais que se empenham em mudar o jeito de se fazer política no país. Ora defendendo aliados, ora defendendo a própria pele.
O discurso de Randolfe, o mais jovem senador brasileiro, com apenas 38 anos, tratou com extrema elegância daquilo que não fez parte do pronunciamento de Sarney, a “dramática e grave crise ética” que colocou – e mantém – o Senado e a opinião pública em campos muito distantes. “Esta Casa precisa dizer não aos excessos administrativos”, conclamou Randolfe, advogando ainda a revisão de contratos, a auditoria de contas e, sobretudo, um debate público sobre o Senado como é hoje e como poderia ser.
A menos que haja pressão de fora, da sociedade ou dos meios de comunicação, esse debate não acontecerá. O estreante Randolfe, porém, deixa algumas lições".
Fonte: congresso em foco
Sylvio Costa
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