Espanhol que matou brutalmente taxista em motel há 26 anos vai a júri popular

quinta-feira, 17 de março de 2011

Depois de ter ficado foragido por mais de vinte anos, o  espanhol Francisco Ramiro Ferreiro Espasadim, que em 1984 espancou até a morte o taxista Zigomar Albuquerque do Sacramento no interior do Motel Vips, em Lauro de Freitas, Bahia, foi  preso no aeroporto internacional do Rio de Janeiro em dezembro de 2008, quando tentava embarcar para a Espanha. O processo , entao, foi retomado e, no próximo dia 31, ele será julgado pela sociedade, representada pelo Tribunal do Júri, em Salvador. 

Consta da denúncia oferecida pelo Ministério Público que, no dia  30 de setembro de 1984, a vítima Zigomar Sacramento e sua esposa Edina Sacramento foram comemorar o aniversário de casamento no Motel Vips. Por volta das 14h30, quando pretendia sair, o casal foi impedido porque a camareira havia identificado e informado à portaria que o cliente havia escrito na parede do apartamento a palavra “Zigom” e a letra “Z”. O fato foi informado a Francisco Espasadim que, por sua vez, chamou o outro gerente do motel, o também espanhol Isauro Gerpe. Chegando ao local, Isauro desferiu dois golpes com um porrete contra Zigomar, atingindo-o na cabeça e nos ombros. A vítima correu para o interior do motel, sendo perseguida por Francisco que, sacando um revólver, tentou mas não conseguiu disparar contra Zigomar. Os denunciados, entao, trancaram a vítima no apartamento nº 315, onde também foram obrigados a ficar trancados a camareira, um garçom e o cozinheiro do motel. Enquanto isso, a esposa de Zigomar foi espancada e trancada no escritório e depois no depósito do estabelecimento.
No interior do apartamento onde foi preso, Zigomar passou a ser espancado. Mesmo oferecendo seu carro para pagamento do prejuízo causado por haver escrito seu nome na parece e , ainda,  prometendo assinar cheques em branco aos algozes para que lhe poupassem a  vida, esclarecendo que era pai de oito filhos, a vítima foi espancada até as 17h30, quando não suportou as lesões sofridas e faleceu. 
Os acusados colocaram o corpo do taxista no interior de seu próprio táxi  e o deixaram nas proximidades de outro motel. Ao voltar ao Motel Vips, Isauro libertou Edina Sacramento, mas inventou que seu marido se encontrava em uma Delegacia de Polícia. 

A prisão preventiva dos dois espanhois foi decretada em 10 de outubro de 1984, mas eles fugiram do distrito de culpa para local incerto ou nao sabido, de forma que o processo ficou paralisado durante anos até que Francisco foi preso. 
O processo contra Isauro, que permanece foragido, continuará suspenso até que ele seja localizado, preso e levado a julgamento perante o  júri popular por prática de homicídio com três qualificadoras: motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. 

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