Belo Monte: começa obra de acesso ao local onde será a hidrelétrica

quinta-feira, 10 de março de 2011

Tiveram início nesta segunda-feira (7) as obras de acesso ao local onde será construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. A informação é da Agência Brasil (agência de notícias da estatal Empresa Brasileira de Comunicação-EBC).

Esta fase da obra se refere à instalação do canteiro de obras, a construção da sede administrativa da obra e a construção dos acampamentos e refeitórios onde trabalharão os operários, conforme autorizado na licença de instalação concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em janeiro/2011.

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará questionou as condicionantes do Ibama para a concessão da licença ambiental, obtendo uma liminar da Justiça Federal que paralisou a obra. No entanto, dias depois a liminar foi derrubada pelo tribunal competente, de forma que a violência contra a Amazônia e o nosso povo prosseguiu o seu curso.

Veja alguns números representativos da violência do estado brasileiro contra o povo da Amazônia: 
pessoas que estão nas áreas atingidas: 6 mil famílias, quase 24 mil pessoas.
Ainda não foi definido para onde vão essas pessoas. Isso vai gerar um caos social. quem pagará por isso?

Altamira, cidade-sede da hidrelétrica

Obra polêmica – A hidrelétrica de Belo Monte é uma das maiores obras de infraestrutura previstas pelo governo federal e também um dos projetos que enfrenta maior resistência.
Enquanto o governo diz que a obra é necessária para garantir o abastecimento de energia elétrica nos próximos anos para o país, moradores locais, entidades e especialistas destacam que os riscos ambientais e sociais podem ser mais prejudiciais do que os benefícios econômicos da obra.

A hidrelétrica ocupará parte da área de cinco municípios do Pará: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Altamira é a mais desenvolvida e tem a maior população dentre essas cidades, com 98 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os demais municípios têm entre 10 mil e 20 mil habitantes.

A região discute há mais de 30 anos a instalação da hidrelétrica no Rio Xingu, mas teve a certeza de que o início da obra se aproximava após a concessão em fevereiro do ano passado, pelo Ibama, da licença ambiental com 40 condicionantes para redução dos impactos socioambientais.

Belo Monte será a segunda maior usina do Brasil, atrás apenas da binacional Itaipu, e custará pelo menos R$ 19 bilhões, segundo o governo federal – há especulações de que a obra custe até R$ 30 bilhões. A usina está prevista para começar a operar no fim de 2014.

Apesar de ter capacidade para gerar 11,2 mil MW de energia, Belo Monte não deve operar com essa potência. Segundo o governo, a potência máxima só pode ser obtida em tempo de cheia. Na seca, a geração pode ficar abaixo de mil MW. A energia média assegurada é de 4,5 mil MW.

O custo-benefício da obra não compensa. 

1 comentários:

Ana Maria disse...

Brasil é intimado a se manifestar sobre licença de Belo Monte na Comissão Interamericana de Direitos Humanos

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