Podem ate considerar recorrente meu pedido de socorro, o faço aproveitando a manifestação feita na mídia televisiva por um delegado, sobre a qual o liberal inclusive publicou recentemente (18/03/2011) um texto meu intitulado “DELEGADO, SEU GRITO É NOSSO”, e, também em atendimento a um pedido do T.Cel. Niel que, depois de receber uma msg enviada por mim via celular elogiando, ao mesmo, ao Delegado Eder Mauro, e, a todos os seus companheiros operacionais em função dos relevantes serviços prestados a todos nos, na área de segurança na operacionalidade, amplamente observado em nossa mídia.
Ao agradecer-me o elogio disse que gostaria que nossos gestores compreendessem a importância de um Tenente Coronel junto com seu efetivo na rua, bem como das dificuldades comumente enfrentada pelos mesmos, como as assemelhadas ao do pedido de socorro do delegado do tema referendado. Preocupação que comungo, compreendo, e, acho justa.
Não tenho duvida que mesmo apoiado nas específicas necessidades acima mencionadas, meu pedido representa o sonoro, e, mudo grito, de uma sociedade que sofre em função de arcaicas medidas jurídicas ainda utilizadas por nossa justiça. Nesta recorrente condição os que mais sofrem com a ineficácia do sistema são os servidores públicos da área de segurança, que exercitam suas funções na rua, e, a sociedade que se torna presa de pequenos, mas, ferozes e sanguinários lobos.
É hipocrisia divergir daquilo que o povo sente, e, se indigna. Precisamos rever o Estatuto da Criança e do Adolescente. Na ocasião de sua criação não existiam tantos crimes praticados por menores tais como o seqüestro relâmpago, saidinha bancária, os pequenos furtos seguidos de reféns que, sempre que ocorrem, todos sabem serem cometidos em sua grande maioria por recorrentes menores.
As autoridades maiores dos Poderes Constituídos, os Representantes de classes, a Sociedade Organizada, e, principalmente nossos legisladores devem provocar ou sugerir mudanças em caráter emergencial no aludido Estatuto. Todos devem ter em mente que o Direito é dinâmico, e, a sociedade evolui. Em nome desta evolução social o legislador deve criar regras que sejam adaptadas no tempo e espaço, casos em contrario serão devorados pelos pequenos lobos, e, nesta condição de desamparo pela condição arcaica da lei, o braço armado da justiça estará em risco maior, em sua rotineira labuta diária, enxugando gelo, ou melhor, pajeando o neném lobo devorador do cidadão de bem.
Belém, 19 de março de 2011.
WALMARI PRATA CARVALHO-CEL. PM. R/R
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