Extraído de: Reuters Brasil - 27 de Junho de 2011
TRÍPOLI (Reuters) - A Líbia rejeitou a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir um mandado de prisão contra o líder líbio, Muammar Gaddafi, nesta segunda-feira, ignorando a autoridade da corte internacional sediada em Haia.
Gaddafi não tem um cargo formal no sistema político da Líbia, apesar de liderar o país há mais de 41 anos.
A corte aprovou mandados de prisão contra Gaddafi, seu filho Saif al-Islam e o chefe da inteligência líbia, Abdullah al-Senussi, por acusações de crimes contra a humanidade. Promotores do tribunal alegam que os três estiveram envolvidos na morte de manifestantes que se revoltaram em fevereiro contra o governo de Gaddafi.
O juiz que preside o tribunal, Sanji Mmasenono Monageng, disse que Gaddafi e seu filho foram acusados de terem "concebido e orquestrado um plano para impedir e reprimir por todos os meios as manifestações civis" contra o regime. Senussi foi acusado de ter realizado ataques.
A decisão provavelmente não levará à prisão de Gaddafi enquanto ele permanecer no poder e dentro da Líbia, mas ela foi bem vista pelos rebeldes líbios e pelos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) como sinal de que Gaddafi não tem mais legitimidade para governar.
(Reportagem de Nick Carey e Joseph Nasr)
Autor: (Reportagem de Nick Carey e Joseph Nasr)
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