Patrimônio histórico de Belém agoniza: BNDES quer investir na recuperação, mas faltam projetos

domingo, 17 de julho de 2011

A casa rosada foi restaurada. Está linda demais!!!
Em 03 de maio de 2011, os bairros da Cidade Velha e da Campina foram tombados como centro histórico da capital paraense pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em Brasília, orgao do Iphan. Entretanto, até hoje a publicação no Diário Oficial da União ainda foi feita. Até ser decidido o tombamento dos dois bairros, Belém contabilizava 23 bens tombados pelo Iphan, correspondente a cerca de 800 imóveis protegidos.
A superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Pará, Maria Dorotéa de Lima, informou que essas áreas foram tombadas tanto pelo governo federal, por meio do Iphan, quanto pelo municipal, pela Fumbel. Entretanto, cabe à PMB a manutenção das áreas tombadas.

Em relação à  isenção do IPTU, está previsto na legislação municipal que, quando ocorre o tombamento de um imóvel, pode haver esta isenção, mas ela é avaliada anualmente e depende do grau de caracterização do imóvel e do seu estado de conservação, pois o sentido da isenção é possibilitar que o cidadão invista na conservação do seu imóvel. Por esse motivo, quando o proprietário entra com o processo de isenção, a Secretaria de Finanças do Município solicita à Fumbel que faça a avaliação do prédio histórico. 


Dinheiro para investir na recuperação
O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) tem sinalizado que quer investir em Belém na área da cultura e só não fez ainda porque não há projetos, disse Dorotéia.
Estado dos casarões e praças históricas 
Deterioração
No bairro da Campina, por exemplo, a rua Gaspar Viana e a Boulevard Castilho França concentram um número grande de casarões antigos, mas as fachadas e tetos deteriorados revelam a ação implacável do tempo, anunciando a fragilidade dos imóveis e o risco de perecimentol.

Há casarões com parte do forro sob risco de desabamento, paredes carecendo de pintura, fachada ruída, janelas quebradas e plantas se criando entre uma fresta e outra nos seus topos.
 

Outros sinais de abandono ao patrimônio histórico da capital paraense se registram na Boulevard Castilho França, no trecho entre a avenida Presidente Vargas e a travessa Frutuoso Guimarães.

No bairro da Cidade Velha a situação não é diferente. Ao longo da rua Doutor Assis pelo menos dez imóveis apresentam sinais de abandono, seja pelo poder público, seja pelo proprietário. Alguns até oferecem perigo para o transeunte, por conta do risco de desabamento.

Um deles é o que está localizado na esquina da travessa Alenquer com a Doutor Assis. Segundo Marcos Oliveira, vendedor de uma loja que fica em frente ao imóvel, há poucos meses parte da parede do antigo casarão, em condição de ruína, caiu em cima de um caminhão e só não feriu ninguém, porque os trabalhadores estavam distante do veículo. Ele afirma que os moradores da área já denunciaram o abandono do prédio à Fundação Cultural de Belém (Fumbel), entretanto, 'os técnicos vêm aqui, fazem uma anotação e não voltam mais', lamenta.

Burocracia e abandono fazem com que proprietários nao entendam o sentido do tombamento

O empresário Manoel Araújo frisa que o correto seria 'acabar com a história de tombamento em Belém, para dar a chance dos moradores providenciarem as obras em seus imóveis e não enfrentar a burocracia exigida para a recuperação de um prédio tombado.' Ele não mora em um casarão antigo, mas pelo fato de seu imóvel estar situado em uma área tombada, não pode fazer qualquer intervenção sem a autorização do Departamento Municipal de Patrimônio Histórico da Fumbel. 

Palacete Pinho
Meses após ter sido recuperado, o lindo prédio ainda está sem utilização.

1935 - Praça das Mercês. Hoje virou um camelódromo
Praça Visconde do Rio Branco, popularmente conhecida como Praça das Mercês: desc aso. O logradouro se transformou em banheiro a céu aberto, depósito de lixo e abrigo de moradores de rua.

Em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a reportagem foi informada pela diretora do Departamento de Projetos de Paisagismo, Daniela Tuma, que há um projeto concluído para ser implementado na Praça Visconde do Rio Branco, respeitando as características históricas do logradouro, por fazer parte do centro histórico. A praça sofrerá intervenção na sua arborização e iluminação. Além disso, serão recuperados bancos e o monumento do espaço.


Fonte:http://www.agencianortedenoticias.com.br/??=noticias&id=6743

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