Na segunda-feira, partidos da oposição pediram ao Ministério Público que investigue se Lula cometeu crimes de tráfico de influência, coação em processo em andamento e corrupção ativa.
O pedido se deu em razão da reportagem publicada no fim de semana pela revista Veja, na qual cita relato do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que Lula teria pressionado o magistrado a apoiar o adiamento do julgamento do mensalão em troca de proteção na CPI que investiga as relações do empresário Carlinhos Cachoeira com empresas e políticos.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, repassou na terça-feira a representação contra Lula para a Procuradoria da República no Distrito Federal, que atua na primeira instância do Judiciário, haja vista que Lula não possui mais foro privilegiado.
Segundo as matérias publicadas durante esta semana em diversos jornais, Lula teria insinuado que Mendes precisaria de ajuda para ser "blindado" na CPI de Cachoeira pelo fato de ter se encontrado com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) durante uma viagem a Berlim. Demóstenes responde a processo no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro por conta de suas relações com Cachoeira, preso desde fevereiro acusado de comandar uma rede de jogos ilegais.
Na segunda-feira, Lula declarou-se "indignado" ao negar ter pressionado Mendes em nota divulgada por seu instituto. Ele confirmou ter se encontrado com Mendes, mas disse que o conteúdo da conversa relatado pela revista é "inverídico". No entanto, Mendes deu novas declarações afirmando que, de fato, percebeu em Lula o claro propósito de convence-lo a adiar o julgamento do processo do Mensalão par ao ano que vem.
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