Por WALMARI PRATA CARVALHO
Sempre nos questionamos pelo exagerado apego dos inúmerosfãs clubes a seus ídolos. Quando o Neymar esteve aqui em Belém, a extravagância nos gritos, suspiros, e, convulsivos choros ultrapassaram a razoabilidade. Assim incorrem inúmeros outros fãs clubes com seus diversificados ídolos, até mesmo a Lacraia atraia inúmeros admiradores quase idólatras.
Todos se questionam que fenômeno é este. Percebo que nossa sociedade busca encontrar valores que lhes possam servir de norte. Na ausência de padrões éticos copiáveis, optam por valores midiáticos que embalem na sonoridade de seus feitos esportivos ou musicais uma esperança de vida melhor ou mesmo que lhes sirvam da balsamo para as deficiências estatais de serviço e pessoas.
Igual a eles procurei encontrar um exemplo que me propiciasse a tênue expectativa da melhoria do Estado. Foquei em LULA, que me deu, entre outros, o mensalão que nunca viu, ouviu ou sabia; decepção. Foquei na mãe do PAC que, mesmo avisada das traquinagens de seu filho, ainda possui a petulância de dizer nada saber, quando antes mesmo de ser mãe presidente já era mãe de um filho prostituido pela DELTA, agora finge procurar o pedófilo capitalista. Foquei minhas esperanças no austero paladino Demóstenes, hoje desmontado de sua empáfia levado por água de esgoto em que o poder transformou uma cachoeira de benesses publicas. Focava no paladino da moralidade em nosso Estado; o caçador de pedófilos; visualizado um homem de princípios morais com possibilidades de ser meu alcaide; desnudou-se como todos os demais. Foquei neste governo que ai esta. Acreditei tanto, que ate afixei banner de propaganda eleitoral em minha sacada. Na campanha, fiz oposição em texto ao contrato de locação do PT com a construtora Delta relativo aos carros da PM. Meu voto perdeu significado, este antes combativo candidato, agora governo aquiesce a um contrato no mínimo eticamente imperfeito, e, busca o paliativo da legalidade em Goiás; quem sabe a Cachoeiraque jorra por lá merecidamente não venha a respingar por aqui.
Será que jamais encontrarei um ídolo incólume aos vícios institucionalizados? Pelo andar da carruagem, o podre poder não permitira o surgimento em seus quadros deste antagônico senhor, os que assim desejam agir serão esmagados ou cooptados pela ditadura das letras camuflada em democracia. O desespero da busca de um valor nacional ou mesmo local, cada dia que passa transforma-se em utopia. Desencantado com os quadros de nosso cenário político e, desejando uma solução para tanta corrupção, acabamos por nos permitir em optar pela substituição da ditadura das letras, pela ditadura das armas, mesmo que utopicamente.
Belém 04 de maio de 2012.
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