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O lançamento ocorreu hoje, dia 23 de maio de 2012.
A digitalização do acervo histórico do “Estado de S.Paulo” é uma excelente notícia para os historiadores, que encontram atualmente vários obstáculos à pesquisa de periódicos no Brasil. Com exceção da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, poucos estados da federação possuem as coleções completas de grandes jornais brasileiros, mesmo que parcialmente. Com a digitalização do material do jornal paulista, os pesquisadores conseguem romper com barreiras geográficas e econômicas, além de aumentar otimizar o tempo da pesquisa e precisar melhor o processo de busca.
No Brasil, a digitalização vem se consolidando como uma tendência entre as empresas de comunicação. Além do Estadão, a Folha de S.Paulo e o Jornal do Brasil também digitalizaram seus acervos e os disponibilizaram na internet. No caso do Estado de S.Paulo, o acervo é o mais antigo de todos. As primeiras páginas do jornal – quanto o jornal ainda se chama “A Província de São Paulo”, datam de 4 de janeiro de 1875. Nestes 137 anos de existência, os jornalistas do Estadão registraram e analisaram alguns dos momentos mais relevantes da história brasileira e do mundo, da abolição da escravidão aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, nos EUA.
No total, o material ultrapassa os 50 bilhões de caracteres, conteúdo suficiente para encher 2 mil DVDs. De seu computador, o leitor poderá fazer pesquisas por data ou por palavras-chave.
Duas inovações ausentes em outros acervos digitalizados:
Primeiro, um dicionário de grafia antiga embutido permite que o internauta localize matérias com a palavra farmácia, por exemplo, incluindo os textos do tempo em que se grafava ‘pharmacia’. Além disso, uma calculadora no portal permitirá converter valores de produtos citados em textos ou anúncios antigos para saber quanto custariam atualmente em reais. No que tange aos temas, o jornal inova ao disponibilizar reportagens que foram censuradas durante a ditadura militar brasileira.
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