Ministério Público decide investigar enriquecimento de Palocci a partir de procedimento criminal

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MP decidiu que abrirá um procedimento de investigação criminal em relação ao enriquecimento ilícito do ex-ministro Antonio Palocci.
Conforme divulgado pela mídia, o patrimônio do ex-ministro aumentou em 20 vezes entre 1996 e 2010. Só no ano passado, quando conduzia a campanha eleitoral de Dilma Rousseff, o ex-ministro teria recebido R$ 20 milhões com contratos da Projeto.
Palocci não é mais ministro desde 7 de junho e, portanto, não tem mais foro privilegiado.

Em recente entrevista à Folha, o ex-ministro afirmou que não revelou sua lista de clientes à presidente Dilma Rousseff e atribuiu as acusações a ele a uma "luta política". Afirmou que  ninguém provou qualquer irregularidade na sua atuação com a consultoria Projeto. Por óbvio, se Palocci não revelou os clientes nem mesmo à presidente da República, isto significa que, se o fizesse, o ex-ministro estaria se incriminando por tráfico de influência.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, um dia antes da demissão do ministro, rejeitou as representações feitas por partidos de oposição para investigar o enriquecimento ilícito, mas ainda assim o inquérito civil foi aberto.
Agora, com as novas provas encontradas, o procurador Gustavo Pessanha Velloso vai abrir na próxima semana a investigação criminal para apurar supostas fraudes em documentos da Projeto, empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil. A decisão foi tomada com base na investigação conduzida pelo procurador Paulo José Rocha Júnior no inquérito civil sobre o mesmo assunto. Ao longo da apuração, Rocha Júnior descobriu indícios de irregularidades nos negócios da empresa de Palocci.

Reportagem de Jailton de Carvalho, de O Globo, mostra que o procurador Rocha Junior chegou a essa conclusão após analisar contratos de consultoria, pareceres e a declaração de renda da Projeto. Em 8 de agosto, ele enviou ofício a Gurgel para alertar o procurador-geral sobre as novas informações. Assim, passados dois meses sem que houvesse uma resposta de Gurgel, o procurador Rocha Júnior decidiu enviar o relatório com as "novas informações" à área criminal da Procuradoria da República. José Roberto Batochio, advogado de Palocci, disse que aguardará a decisão do Ministério Público para se pronunciar sobre o caso.

Fonte: Jusbrasil

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