Hoje, domingo (2), faz 19 anos que se iniciou o processo de impeachment de Fernando Collor de Mello, primeiro presidente brasileiro eleito em eleições diretas após mais de vinte anos de ditadura militar.
Em consequência do processo de impeachment aberto pela Câmara dos Deputados, Fernando Collor foi afastado da presidência. Sua renúncia só aconteceu em 29 de dezembro do mesmo ano.
Rejeitado por outros partidos, Collor candidatou-se à presidência pelo extinto PRN (Partido da Reconstrução Nacional), em 1989. Com uma surpreendente votação no primeiro turno, o ex-governador de Alagoas, político jovem e com amplo apoio das forças conservadoras, derrotou no segundo turno da eleiçãoo ex-metalúrgico Luiz Inácio "Lula" da Silva, migrante nordestino e destacado líder da esquerda.
Entre suas promessas da campanha estavam:
a moralização da política e o fim da inflação.
Para as elites, Collor ofereceu a modernização econômica do país consoante a receita do neoliberalismo:
- redução do papel do Estado,
- eliminação dos controles burocráticos da política econômica,
- abertura da economia e o
- apoio às empresas brasileiras para se tornarem mais eficientes e competitivas perante a concorrência externa
Plano Collor
No dia seguinte ao da posse, ocorrida em 15 de março de 1990, o Presidente lançou seu programa de estabilização, o plano Collor, baseado em um gigantesco e inédito confisco monetário, congelamento temporário de preços e salários e reformulação dos índices de correção monetária. Em seguida, tomou medidas duras de enxugamento da máquina estatal, como a demissão em massa de funcionários públicos e a extinção de autarquias, fundações e empresas públicas. Ao mesmo tempo, anunciou providências para abrir a economia nacional à competição externa, facilitando a entrada de mercadorias e capitais estrangeiros no país.
Os planos de modernização econômica e de reforma adminsitrativa são bem recebidos, em geral. As elites políticas e empresariais apoiaram a desregulamentação da economia e a redução da intervenção estatal no setor. Mas, já em 1991, as dificuldades encontradas pelo plano de estabilização, que não acabou com a inflação e aumentou a recessão, começaram a minar o governo.
Circulam suspeitas de envolvimento de ministros e altos funcionários em uma grande rede de corrupção. Até a primeira-dama, Rosane Collor, dirirgente da LBA, foi acusada de malversação do dinheiro público e de favorecimento ilícito a seus familiares.
As suspeitas transformaram-se em denúncias graças a uma intensa campanha da imprensa. Em 25 de abril de 1992, Pedro Collor, irmão do Presidente, deu uma explosiva entrevista à revista "Veja". Nela, falou sobre o "esquema PC" de tráfico de influência e de irregularidades financeiras organizadas pelo empresário Paulo César Farias, amigo de Collor e caixa de sua campanha eleitoral.
A reportagem teve enorme repercussão e a partir daí surgiram novas revelações sobre irregularidades no governo. Em 26 de maio, o Congresso nacional instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de irregularidades. Logo depois, a revista "ISTOÉ" publicou uma entrevista de Eriberto França, motorista da secretária de Collor, Ana Acioli. Ele confirmou que as empresas de PC faziam depósitos com regularidade nas contas fantasmas movimentadas pela secretária. Essas informações atingiram diretamente o Presidente.
Fonte: ANN
5 comentários:
Parece que só conseguimos nos livrar delle porque a midia, os ricos queriam. Hoje, todos querem o status quo. Nada podemos fazer. A sem vergonhice tomou conta do país. Estamos indo para um buraco.
Imagine se compararmos os escandalos de Lula com os de Collor.Porque numca fazem nada com Lula.Os escandalos são extremamente maiores e numca acontece nada.
Senador, na qualidade de seu amigo, pergunto:Se o governo tem policia federal, civil, militar, CGU, controladoria geral, procuradoria geral, Exército, Serviço de inteligencia de tudo quanto e jeito, por que só a Época, isto é e Globo é que descobrem, investigam e denunciam as corrupções? Não seria o caso de o governo fechar suas instituições e contratar a midia para fazer o serviço de fiscalização monetária e de serviços públicos? Obrigado Waldomiro. Ipatinga
Senador, na qualidade de seu amigo, pergunto:Se o governo tem policia federal, civil, militar, CGU, controladoria geral, procuradoria geral, Exército, Serviço de inteligencia de tudo quanto e jeito, por que só a Época, isto é e Globo é que descobrem, investigam e denunciam as corrupções? Não seria o caso de o governo fechar suas instituições e contratar a midia para fazer o serviço de fiscalização monetária e de serviços públicos? Obrigado Waldomiro. Ipatinga
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Lulla e o PT fizeram 1000 vezes 1000 pior e estão aí rindo à toa
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