Ontem (29) comemoramos uma importante data, mas que muitos brasileiros desconhecem: o Dia Nacional do Livro. A data foi escolhida em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional, que ocorreu em 1810.
Em 1808, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia, o movimento editorial começou no Brasil.
O primeiro livro publicado foi "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga. Nessa época, a imprensa sofria a censura do Imperador.
Na década de 1930 houve um crescimento editorial, com a fundação da Companhia Editora Nacional pelo escritor Monteiro Lobato, em outubro de 1925.
A Origem do Livro
Os textos impressos mais antigos foram orações budistas feitas no Japão por volta do ano 770. Mas desde o século II, a China já sabia fabricar papel, tinta e imprimir usando mármore entalhado. Foi então, na China, que apareceu o primeiro livro, no ano de 868.
Na Idade Média, livros feitos à mão eram produzidos por monges que usavam tinta e bico de pena para copiar os textos religiosos em latim. Um pequeno livro levava meses para ficar pronto, e os monges trabalhavam em um local chamado "Scriptorium".
Gutenberg e a revolução cultural
O ourives culto e curioso Johannes Gutenberg (1398-1468) nasceu em Mainz, na Alemanha e, é considerado o criador da imprensa em série. Ele criou a prensa tipográfica, onde colocava letras que eram cunhadas em madeira e presas em fôrmas para compor uma página. Essa tecnologia sobreviveu até o século XIX com poucas mudanças.
Por volta de 1456, foi publicado o primeiro livro impresso em série: a Bíblia de 42 linhas. Conhecida como "Bíblia de Gutenberg", a obra tinha 642 páginas e 200 exemplares, dos quais existem apenas 48 espalhados pelo mundo. A invenção de Gutenberg marcou a passagem do Mundo Medieval para a Idade Moderna: era de divulgação do conhecimento.
A importância do livro
O livro é um meio de comunicação importante no processo de transformação do indivíduo. Ao ler um livro, evoluímos e desenvolvemos a nossa capacidade crítica e criativa. É importante para as crianças e adultos terem o hábito da leitura porque com ela, se aprimora a linguagem e a comunicação com o mundo.
O livro atrai os leitores pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio e pela emoção das histórias. Comparado a outros meios de comunicação, com o livro é possível escolher entre uma história do passado, do presente ou da fantasia. Além disso, podemos ler o que quisermos, quando, onde e no ritmo que escolhermos.
Era digital
Qual será o futuro do livro na era digital? Alguns respondem que as publicações da forma como as conhecemos irão acabar, outros dizem que não, que tanto as edições impressas quanto as eletrônicas vão viver lado a lado, sendo apenas uma questão de escolha do leitor.
Hoje existem editoras e livrarias online. Seus livros podem ser adquiridos - a pedido - no formato tradicional ou, em se tratando de obras de domínio público, como Dom Casmurro, de Machado de Assis, simplesmente serem lidas online, conectado à rede, ou offline, "baixando" o arquivo, para imprimir o livro e ler à hora que desejarmos.
Um avanço e uma comodidade que D. João VI, com toda a sua realeza, jamais poderia imaginar algo tão genial.
A própria internet, com sua comodidade, que nos dá a reposta para nossa pergunta inicial. Ela mesma nos fornece duas opções de leitura: online e offline.
Os donos de editoras online deixam claro o status que é para um escritor ver seu livro sair da versão online para a versão impressa.
Talvez a questão não seja tanto se o livro impresso vai deixar ou não de existir, mas de que valor será investido daqui a algum tempo. Maior ou menor?
Fonte: Redação ANN, Portal São Francisco e Criança faz Arte em 30/10/2011
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