Ordem e Progresso

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A fonte do nosso pavilhão nacional é o Decreto n.º 4 de 19 de novembro de 1889. Na bela bandeira brasileira encontra-se a máxima política positivista “Ordem e Progresso”, forma abreviada do lema político do positivismo do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857): 
         "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim"
Em francês "L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but". 

O sentido seria a busca por uma comunidade justa, fraterna e progressista.

Essa corrente de pensamento chamada positivismo, que tem como figura central o filósofo francês Auguste Comte, surge em meados do século XIX. Ele defendia, entre outras coisas, que o progresso era a saída para a evolução da humanidade: 
"Uma sistematização real de todos os pensamentos humanos constitui, portanto, a nossa primeira necessidade social, igualmente relativa a ordem e ao progresso. O cumprimento gradual desta vasta elaboração filosófica fará surgir espontaneamente em todo o Ocidente uma nova autoridade moral, cujo inevitável prestígio lançará a base direta da reorganização final, ligando as diversas populações avançadas por uma mesma educação geral que fornecerá em todo o lado, para vida pública e para vida privada, princípios fixos de juízo e de conduta."

Durante o processo da proclamação da república os pensamentos de Comte faziam parte da leitura obrigatória das pessoas comprometidas em mudar o regime de governo no Brasil. Assim que o Marechal Deodoro da Fonseca proclamou oficalmente a República,  os brasileiros adeptos do positivismo exigiram que essa filosofia fosse incorporada ao nosso Estado. 

Daí surge o lema "Ordem e Progresso", idealizado por Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemos (ambos membros o Apostolado Positivista no Brasil) no centro de nossa bandeira nacional, que foi aprovada por Deodoro da Fonseca em 19 de novembro de 1889, 4 dias depois da proclamação da República. 


O lema positivista encontra-se insculpido em nossa bandeira até hoje e é certo que tivemos progresso e vivemos dentro de certa ordem. Mas, quanto a uma sociedade justa e fraterna ... estamos muito, muito distantes desse desiderato. No momento, acredito que nem sequer o estamos perseguindo porquanto vejo cada vez mais injustiça e menos fraternidade.

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