Em pleno Estado de Emergência, organizações e movimentos sociais do Peru convocaram a todos para uma mobilização na sexta, 9, em Lima, pelo fim do projeto Conga, sob o grito “sem água não há vida” e em repúdio às medidas que o Estado peruano tem tomado como arma para criminalizar o protesto social perante este novo ataque das transnacionais sobre a Pachamama.
O povo peruano se mobiliza diante das concessões e direitos que o Estado outorgou sem consulta prévia à mineradora Yanacocha, para a exploração e exportação de ouro e cobre no Departamento de Cajamarca.
A iniciativa requer a drenagem de quatro lagunas, ameaçando os recursos para o desenvolvimento de comunidades que, através de milênios de tradição agropecuária e artesã, assumem a proteção da Pachamama (mãe terra).
Retrocesso
Em princípio o governo peruano se mostrou a favor do projeto no caso de que fossem apresentadas as garantias para a preservação do ambiente, mas a oposição generalizada ao empreendimento já mobilizou no mínimo 14 mil campesinas e campesinos somente em Cajamarca e outros milhares entre as diferentes comunidades próximas à mina e à cidade de Lima. De modo que o presidente Ollanta Humala se mostrou aberto ao diálogo e exigiu a suspensão temporária do projeto.
Entretanto, não foi suficiente, dado que autoridades e comunidades indígenas e campesinas de Cajamarca coincidem em que o empreendimento diminuirá os recursos aquíferos da região. Trata-se de uma mina a céu aberto na cabeceira da bacia onde nascem as águas que dão vida às comunidades terra embaixo. fonte: http://carosamigos.terra.com.br/index2/index.php/noticias/2264-peru-manifestacoes-contra-megaprojeto-de-mineradora-reunem-milhares
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