TERRORISMO FORAM AS LETRAS

sábado, 17 de dezembro de 2011

Por Walmari Prata de Carvalho
Permito-me ainda acreditar, apesar das controvérsias, que vivemos em um país democrático, onde todos são iguais perante a lei, e, onde qualquer cidadão somente será considerado culpado em razão de sentença transitada e julgada. Fugindo disto qualquer interpretação sobre a honra de quem quer que seja será mera calunia, se mais não for. Isto é norte para todos os mortais que vivem sob os efeitos de nossa constituição. Se alguém comete erro e ainda não foi alcançado é porque nada foi comprovado ou a justiça dormiu, ou assim não considerou.
Depois desta introdução, sem a paixão de vencedores ou vencidos deixemos o imaginário percorrer os momentos de festa popular.
Vou ao campo torcer para meu time ser campeão,no êxito da campanha manifesto-me soltando rojão.O disparo no campo,o disparo na rua,o disparo na frente da sede do perdedor.
Quando sigo em procissão no círio de Nazaré, queimo fogos em alegria na rua, na praça, na frente da igreja protestante.
Quando a Dilma se elegeu, eu eleitor do Serra aturei com sabedoria o festejo em carro som, e, trovoar de fogos na rua ao lado de meu prédio resignado aturei, logo sendo afagado pela alegria e estrondar que outros tiveram de engolir na passeata com fogos do Jatene. Fogo trocado não deve doer devemos assimilar
A euforia do festejar não busca o terrorismo, no maximo infligir aos antagônicos do festejo o sabor amargo da derrota.Ah o terrorismo,jamais usaria de morteiros depositados em via publica sob a ostensividade de uma câmera do conhecimento de todos em um condomínio fechado.
O festejado representa uma agremiação com no mínimo 1.800.000 seguidores, sua vitoria é festa de todos que o elegeram.
Pelo desejo, e, pela alcançada vitoria a muito protelado, que enorme barulho seria o de 1.800.000 morteiros a festejar, um barulho ensurdecedor convenhamos.
Este barulho ensurdecedor no maximo atinge momentaneamente os tímpanos de quem os ouve. Barulho maior é o silencioso caminhar das letras, que não atinge os tímpanos, mas, a moral, a família, os seguidores, e, se propaga indefinidamente no espaço e na memória alcançando gerações e gerações. Letras que contrariando definições legais da alçada jurídica agruparam-se como morteiros em sentença condenatória exarada em meio de comunicação sem o poder de julgar, apenas informar. Ai sim caberia uma ação judicial em razão da utilização de morteiros confeccionados com fatos ainda em tramitação jurídica, portanto ainda factóides. Estes silenciosos e ainda factóides morteiros são muito mais danosos dos disparados a base de pólvora, que já se esvaíram no espaço,as letras ainda transitam no imaginário.

Belém, 17 de dezembro de 2011.

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