A morte por causas naturais de Kim Jong-il, ditador da Coreia do Norte, destaca um fato controverso na história de comandantes repressivos: muitos, se não a maioria, acabam tendo uma longa vida e morrem pacificamente. Aqueles que vivem pela espada não necessariamente morrem por ela.
Matthew White, que escreveu um livro sobre as 100 piores atrocidades da história (“The Great Big Book of Horrible Things: The Definitive Chronicle of History’s 100 Worst Atrocities” – W. W. Norton & Company, 2011), rastreou o destino dos maiores ditadores do mundo. A maioria, como ele constatou, viveu de acordo com sua expectativa de vida natural e morreu em paz.
- Cerca de 60% dos opressores que fomentaram guerras e foram responsáveis pelas maiores atrocidades do mundo viveram felizes para sempre, pelo menos no quesito saúde.
- 49% dos responsáveis pelos maiores massacres da história governaram até sua morte por causas naturais.
- 11% se retiraram da política tranquilamente
- 8% foram exilados, antes que a morte também por causas naturais chegasse.
Entre os ditadores que não tiveram um final tão agradável:
- 9% foram levados a julgamento e executados,
- 8% foram assassinados,
- 7% morreram em batalha,
- 4% foram presos e
- 4% cometeram suicídio.
Kim Jong-il morreu aos 69 anos de um ataque cardíaco, de acordo com a televisão estatal da Coreia do Norte.
Joseph Stalin morreu em 74 por um acidente vascular cerebral. Sua morte mostra alguns paralelos com a de Kim Jong-il: apesar da repressão, sua morte também foi amplamente lamentada em seu país, assim como imagens da Coreia do Norte mostram cidadãos chorando abertamente em fábricas e ruas.
É difícil saber se isso se trata de tristeza genuína ou incerteza com o futuro.
Detalhe interessante: estudos sobre presidentes dos EUA mostram que, apesar das tensões de estar no comando, esses homens vivem tão longamente ou mais que o resto das pessoas.
Fonte: http://hypescience.com/morte-natural-de-kim-jong-il-e-tipica-de-ditadores/
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