O texto modificado volta agora para a análise da Câmara, que já havia aprovado em maio a versão de Rebelo. Depois da votação dos deputados, ele seguirá para sanção presidencial.
O relator, senador Jorge Viana (PT-AC), acolheu 20 emendas de mérito e seis de redação que mudam pouco os contornos gerais do texto que ele defendeu nesta terça-feira em plenário.
Entre as emendas acolhidas por Viana, apenas três trazem acréscimos relevantes ao texto. A primeira delas trata de bacias hidrográficas e determina que quando elas estiverem em situação crítica de desmatamento, o governo poderá aumentar o percentual de recuperação das áreas de preservação permanente.
A segunda emenda considerada relevante pelo relator e pelo governo trata de critérios para produção em apicuns que são vegetações que convivem com os mangues. As atividades produtivas que até então estavam proibidas no texto, passarão a ser permitidas em até 10% da área do apicum na Amazônia e em até 35% em outros biomas.
A terceira emenda permite aos estados que tiverem mais de 65% de suas áreas em unidades de conservação, como terras indígenas ou florestas, reduzir de 80% para 50% a reserva legal que precisa ser mantida pelas propriedades rurais. A necessidade dessa redução, no entanto, precisa ser apontada pelo Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) e aprovada pelos conselhos estaduais de meio ambiente.
O texto aprovado faz concessões à agricultura e a pecuária, ampliando de 25º para 45º a inclinação máxima dos morros para essas atividades. E ainda permite a manutenção das fazendas em beiras de rios.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) se manifestou contra o texto e defendeu a agricultura familiar e a preservação ambiental.
Marinor Brito (PSOL-PA) também encaminhou contrariamente ao projeto, "em nome de todos os que tombaram em defesa das florestas".
Os demais líderes partidários entre eles a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) e os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Gim Argello (PTB-DF), Wellington Dias (PT-PI), Ana Amélia (PP-RS), José Agripino (DEM-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL) encaminharam favoravelmente ao substitutivo, elogiando o teor do relatório.
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