Desejo de Natal

domingo, 25 de dezembro de 2011

Por Ana Maria

Seguindo o direcionamento do nosso Papa Bento XVI rogo a Deus que, por um raio de Sua imensa bondade, leve paz e esperança para as famílias de trabalhadores rurais que estão acampadas à beira de estradas, de fazendas, no campo em geral de nosso imenso Pará. Sao longos e sofridos anos, sob sol e  chuva, vivendo de esmolas do governo federal, à mercê de ameaças de diversas fontes, sendo mortos por grileiros com cadeira no parlamento, sujeitos aos riscos da convivência com o mundo do tráfico de drogas, à espera de uma ação governamental sincera, realmente direcionada a um justo partilhamento da terra. 
Nos meus momentos de dificuldade ou de tristeza imediatamente me vem à mente os olhares esperançosos dos lavradores sem terra - para quem tantas portas se fecham, discriminados, mal compreendidos, confundidos, taxados de bandidos, usados, com direito a voto mas praticamente sem representatividade nos parlamentos federal e estadual - que vi nas inúmeras reuniões e audiências das promotorias agrárias onde oficiei. A lembrança dessas pessoas me impõe a consciência de que meus problemas pessoais sao meros aborrecimentos e entao agradeço ao Divino por me ter concedido a oportunidade de conhecer esses seres humanos simples que tantas coisas boas me ensinaram, em especial o valor da humildade e que a vida não tem sentido se não for dedicada a uma causa humana.
Mais uma vez me despedi dessa gente, no final de novembro, mas podem ter certeza que vou lutar pela volta como um touro que defende sua vida da agressao injusta do toureiro malvado. 
A esses milhares de trabalhadores rurais excluídos da ação do Estado, que nosso Bondoso Deus leve igualdade, liberdade, justiça e solidariedade.

7 comentários:

Anônimo disse...

Feliz Natal Doutora....Felicidades....Sua generosidade e garra no desempenho de suas atividades são memoraveis e exemplo a ser seguido..

Ana Maria disse...

Obrigada, Maria. Vc é que é uma pessoa especial. Muito sensível e inteligente, sei que a vida lhe reserva coisas maravilhosas, compatíveis com sua linda pessoa.

Anônimo disse...

Aranje um namorado e deixe de se preocupar com a vida dos sem terra que eles tem quem cuide deles.

Ana Maria disse...

Deixa de visitar o meu blog se vc nao gosta do que escrevo.

Anônimo disse...

(lutemos com todas as armas, mas não esqueçamos que podemos estar errados em nossos argumentos, e aquele que nós hoje achamos ser nosso inimigo pode ser o verdadeiro amigo, pois o amigo mesmo, não é aquele que te agrada a todos os instantes, mas aquele que te fala sempre a verdade)

Anônimo disse...

(Apocalipse 21.1-4)

"E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

Anônimo disse...

Há uma fome n’alma:
Fome de ler a palavra!
Fome de tornar viva
A história que escrevemos!

Fome de degustá-la,
De poder ouvir e saborear!

Aqui nasce o princípio do saber sentindo
E de um sentir que se faz
Quando colocamos o pé
No degrau que conduz à escada da vida.

Embora não sejam os nossos pés
Que farão o caminho,
Mas, antes o caminhante
Que se constrói através
Do nosso caminhar!

Decifrar a palavra
É ler com os olhos do Espírito!
É sentir as profundezas do vivido
Pela elevação de atos nobres
Que se aliam à humilde confiança
De entrar no estado
Em que é possível aprender!

Ouvir a palavra
É escutar aquilo
Que não tem substância,
Que não tem forma!

E a voz que profere essa palavra
É insonora e mora
Na clarividência do mistério!

Basta aquietar-se para senti-la, vivê-la
E perceber sua presença cativante:

É uma voz que se compõe por atos sentidos!
Porém, não há uma entidade psíquica
Neste Ser que age!

Ou seja, não é uma palavra
Como tradicionalmente conhecemos,
Dotada de linguagem e processos discursivos!

É antes, um emissário
Que nos alimenta por inteiro!

E vem sem formato,
Sem autoridade ou emblemas!

Eis então, o despertar
Que sacia a alma faminta
Com os frutos que se afloram
Quando o broto amadurece no coração.

E a essência que desse botão se exala
É a sabedoria vivida!

O momento de sua chegada
Independe do tempo, espaço ou situação.

E podemos senti-la
Mesmo na fúria da tempestade
Ou na cegueira da ignorância.

Ela não escolhe homens, mulheres,
Líderes, mestres ou discípulos
Mas, se anima com aquele que deseja vivê-la!

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