São Domingos do Capim: a cidade do surf na "Pororoca"

domingo, 11 de março de 2012

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Por Ana Maria
Neste final de semana (09 a 11 de março) milhares de visitantes alegraram a pequena e acolhedora cidade de São Domingo do Capim, no nordeste paraense, durante o Festival da Pororoca.

O Fenômeno da Pororoca - é a guerra das águas que encanta turistas de todos os cantos do mundo
O extraordinário fenômeno da pororoca constituiu um dos espetáculos mais edificantes da natureza. Por muitos anos ele desafiou a argúcia dos que tentaram explicá-lo até que finalmente se compreendeu que se trata de uma grande onda que, de tempos em tempos, sobe os rios que desembocam no grande estuário do Amazonas, com grande estrondo e ímpeto devastador, causando o desmoronamento das margens e carregando consigo árvores, embarcações e outros objetos que se interponham a sua passagem violenta.

Causa da onda gigante
A gigante onda é causada pela elevação súbita da maré no oceano, em épocas de sizígia (isto é, nas grandes marés causadas pela conjunção ou oposição da Lua com o Sol, ou seja, marés de "Lua Nova" e "Lua Cheia"). A elevação da maré represa os rios no estuário, fazendo com que suas águas recuem, formando uma grande corrente em sentido contrário ao seu curso normal. Havendo um estreitamento no rio, o nível da água se eleva muito repentinamente e, se houver alguma saliência no leito (os freqüentes baixios formados pela deposição de sedimentos), esse obstáculo faz a água amontoar-se bruscamente, originado a onda que, subindo sempre, termina por rebentar fragosamente, como pode ser observado no Guamá, o grande rio que circunda a cidade de Belém.

Em São Domingos do Capim, a Pororoca é fruto do encontro das águas dos rios Guamá e Capim.
No sábado (10/03) e domingo (11/03), devido à evolução do ciclo da lua, o fenômeno foi bastante forte, chegando a atingir 1,5 metro.

O evento
O Festival da Pororoca compreende a 12ª edição do Campeonato de Surf na Pororoca e o 14º Encontro Internacional de Surfistas da Pororoca.
Milhares de turistas e atletas reuniram-se no pequeno e charmoso município de cerca de 35 mil habitantes, para ver e pegar a onda de rio e divertir-se muito com o fenômeno, que atrai as maiores feras do surfe mundial.
O evento é guiado pela tábua das marés e pelo ciclo da Lua e dele participam todos os anos surfistas de todo o Brasil e de outros países.

Segundo o Portal Amazônia.com, o surfista Gilvandro Júnior foi o primeiro a explorar esse fenômeno natural, em 1998. Depois disso, ele passou a organizar, todos os anos, caravanas de surfistas para participar do festival. “É um fenômeno indescritível. Não existe nada igual, pois na praia você surfa até a areia. Aqui no rio Capim, não; a onda sai levando tudo por vários minutos”, explicou Gilvandro, que percorreu nesta sexta todo a extensão da pororoca. A onda começa, segundo ele, no Igarapé de Bujaru e segue até a Ilha do Tóio, em São Domingos do Capim. “O percurso todo da pororoca dura, mais ou menos, uma hora. Em alguns pontos ela perde a força, mas retoma novamente em seguida”, explica o surfista.


Tradição
Os eventos de São Domingos do Capim tornaram-se uma tradição e já fazem parte do calendário de esportes radicais do Pará e do Brasil.
Junto com o município de Chaves, o surf em São Domingos do Capim coloca o Pará muito bem representado no circuito nacional de esportes radicais, segundo bem destaca Marcos Eiró, Secretário de Esportes do Estado do Pará.

A programação
A programação oficial foi aberta na quinta-feira, 08/03, mas os melhores “estrondos” da pororoca ocorreram na sexta-feira, às 12h30, no sábado, às 13h30, e no domingo, às 14h30.
O 12º Campeonato de Surf na Pororoca contou com a estrutura de três jet skys, seis lanchas rápidas, duas bananas bolt e um navio, que serviram de hotel para os surfistas nacionais e internacionais.
O evento também contou com oficinas de comunicação, campeonato de canoagem, concurso para escolha da Garota Pororoca, passeios ecológicos e a estação pororoca.
O desafio do surf noturno ficou por conta de cinco surfistas experientes da Abraspo, mas o  evento mais esperado é o surf na pororoca, na vila do Toió e no Mirante do Barriga.
O festival encerrou hoje, domingo, dia 11, com um passeio ecológico de canoagem, com o propósito de limpar as margens do Rio Capim. O passeio percorreu a extensão do rio que vai da cidade até a ilha de Toió, onde a partir das 13h, houve mais uma competição de surf na onda gigante.

A cidade
O município de São Domingos do Capim situa-se a apenas 130 km de Belém, capital do Pará, no nordeste paraense. Tem cerca de 35 mil habitantes e seu gentílico é capimense.
Foto: capimcasos.blogspot.com

São Domingos abre as portas aos turistas
Antes vista como um fenômeno temerário, a pororoca ganhou status de atração turística em São Domingos do Capim, município próximo a Castanhal, que se orgulha de ser considerado a “Capital da Pororoca”. A mudança deve-se ao fato de o fenômeno ter sido descoberto - e divulgado - por surfistas e amantes de esportes radicais. O surf na pororoca ganhou projeção nacional e internacional.
Em São Domingos do Capim, o ápice da pororoca é na Ilha do Pico, que fica a 8km da cidade, já no rio Capim. É o único ponto onde se pode assistir ao fenômeno da beira do rio, que começa a aparecer em frente ao rio Bujaru e aparece depois em quatro pontos diferentes. O último é o da Ilha do Pico.
Na frente da cidade, pode-se ver o fenômeno, só que em menor intensidade. Meia hora depois ele vai até a ilha, a 16km.
A velocidade da pororoca é de 32 km por hora.



Meus comentários: foi por isso que o poeta descreveu a Pororoca assim
Ei, Joao, deixa de contar potoca
que lá vem vindo a pororoca
roncando que nem trovão.

Ei, João, leva o casco lá pro meio
que essas águas de permeio
vem fazendo um barulhão.

Ei, João, esse rio ficou maluco,
tá acabando com o tijuco,
tá matando a criação.
Ei, Joao.

Velho Mateus, que nao tem medo de nada,
sempre diz que essa marvada
nao deixa ninguem em paz.
E dá conselho
para quem nao acredita
para enfrentar essa mardita
tem que correr para tras.
Joao, Joao..

Referências:
Portal ORM, http://capimcasos.blogspot.com/2011/02/sao-domingos-do-capim-origem.html e Portal amazonia.com

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