Por Ana Maria
Zé Carlos, do PV, publicou em seu "blog do Zé Carlos" que a "concordata da CELPA é um caso para policia federal intervir e mandar para cadeia muita gente que enriqueceu neste processo". Para ele, a noticia caiu como "uma bomba sobre a cabeça da população paraense que até hoje nunca recebeu a exata explicação do processo de venda da sua maior empresa estatal".
Afirma, ainda, o advogado e político paraense, que a população teve que suportar o aumento dos custos das tarifas de energia e, agora, "ainda vai ser chamada para pagar mais esta divida" pois a solução virá "por meio de uma operação de socorro com mais dinheiro público".
A Celpa foi vendida no Governo Almir Gabriel, tendo à epoca, como secretario, o atual governador Simão Jatene. Foi repassado ao povo paraense a ideia de que o Governo estava vendendo uma empresa endividada e sem capacidade de investimento na melhoria e ampliação do serviço. Com a venda, o Pará passaria a contar com uma empresa sadia financeiramente, com recursos e capacitação técnica para levar energia a todos os rincões do estado e, desta forma, alavancar o sonhado desenvolvimento economico e social.
Segundo Zé Carlos, "aos que questionavam os riscos de entregar nas mãos do setor privado uma empresa prestadora de serviço essencial, como é o caso da energia, Jatene, do alto de sua sabedoria, apresentava a Agência Reguladora, Arcon, como a garantia de que a empresa compradora cumpriria o contrato de sanear a Celpa e investir na ampliação dos serviços. Não haveria riscos".
Problemas com a venda
No entanto, Zé Carlos lembra que, à época, o PT, o Sindicato dos Urbanitários, a CUT e o senador Jader Barbalho tentaram chamar a atenção do povo e das autoridades para o fato de que "a empresa teve um valor de venda abaixo do que realmente valia, as dividias a receber foram colocadas como moedas podres, o patrimônio não foi corretamente dimensionado". Posteriormente, "os urbanitários voltaram a denunciar que a Rede Celpa estava transferindo os lucros obtidos pela Celpa para engordar o patrimônio de outras empresa do grupo Rede", continua o advogado, mas, ainda assim, nem a "imprensa paraense e nem os políticos" se interessaram em apurar a veracidade da grave denúncia.
Zé Carlos denuncia que a "ARCON, agência reguladora que deveria ficar atenta ao cumprimento dos compromissos da empresa que comprou a Celpa e defender os direitos dos consumidores, nunca funcionou livremente, seus dirigentes, quase sempre sem competência técnica e política para agir, preferiram cegar para a forma como a Celpa vinha formando este monstruosos endividamento".
Ele acha que "a dívida da Celpa é simplesmente inexplicável, a empresa tem enormes fontes de fartos recursos. Graças a conivência da Arcon e da Aneel, a tarifa de energia elétrica do Pará é uma das mais caras do Brasil". E fulmina dizendo que "a Celpa, com ajuda de alguns deputados federais e dirigentes políticos paraense, conseguiu fazer uma enorme transfusão de recursos da união para os seus cofres através do programa `Luz para todos', da distribuição de energia aos municípios do entorno de Tucurui e da compensação ambiental solicitada pela OAB-Pará de cem por cento de energia nos municípios da Transamazônica por causa da implantação de Belo Monte".
O advogado finaliza dizendo que é necessário "proceder investigação técnica, séria e transparente ... tocada pela Policia Federal e acompanhada pelo respectivo Ministério Público" ... e " ... por uma CPI proposta por algum parlamentar isento da bancada federal".
Referencia: http://zecarlosdopv.blogspot.com/2012/03/concordata-da-celpa-e-caso-de-policia.html
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