A Lua afundou o Titanic?

sexta-feira, 9 de março de 2012

Um estudo sobre as marés tira parte da culpa do capitão do Titanic, Edward Smith, 100 anos depois do acidente. A poucos dias do centenário do famoso naufrágio, que aconteceu em 15 de abril de 1912 e matou 1.516 pessoas, um grupo de pesquisadores da Universidade do Estado do Texas encerrou o trabalho que busca examinar a influência da lua na presença de tantos icebergs na época e local do evento.


Desde o naufrágio, pesquisadores tentam entender o que levou o Capitão Smith a ignorar o aviso da presença de icebergs nas águas em que navegava. Segundo historiadores, Capitão Smith foi escolhido para liderar o Titanic por ser um dos mais cautelosos e experientes marinheiros da época. Smith já havia navegado várias vezes o Atlântico norte, e conhecia muito bem a rota.
Segundo o físico Donald Olson, os icebergs da Groelândia costumam encalhar nas águas rasas da província canadense Labrador, e só podem continuar em direção ao sul quando derretem e perdem volume. A não ser que uma maré alta os empurre dali, os icebergs chegam às rotas dos navios apenas quando já estão praticamente inofensivos.
A equipe de Olson investigou a especulação do oceanógrafo Fergus Wood, de que a lua se aproximou da Terra de maneira rara em janeiro de 1912, e produziu marés tão altas que mais icebergs se separaram da Groenlândia e boiaram para o sul, ainda sem derreter. Naquele mês, dos últimos 1.400 anos, foi quando a lua esteve mais próxima da Terra. Olson também acredita que outro evento tenha aumentado ainda mais a maré: em 4 de janeiro de 1912, o sol e a lua se alinharam, de maneira que a força gravitacional dos dois objetos se somou.
“Essa configuração maximizou a força da lua sobre as marés nos oceanos da Terra. Isso é marcante”, afirma Olson. A pesquisa determinou que para alcançar a rota dos navios na metade de abril, o iceberg que foi atingido pelo Titanic deve ter se soltado da Groenlândia em janeiro de 1912. A maré alta causada pela combinação de eventos astrológicos teria sido suficiente para soltar icebergs da geleira e oferecer espaço suficiente para que eles boiassem por cima das águas rasas de Labrador e se movessem em direção às rotas marítimas.
A descoberta da equipe de Olson pode tornar o Capitão Smith inocente, por demonstrar que ele tinha um bom motivo para não se preocupar com a notícia de que havia um iceberg por perto, afinal, as pedras de gelo não deveriam ser tão numerosas ou grandes quanto foram. [Reuters]

Fonte:http://hypescience.com/como-a-lua-afundou-o-titanic/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

8 comentários:

Anônimo disse...

"A imaginação é uma louca estouvada que tem a razão por curadora."

[ Marquês de Maricá ]

Mario Rivera disse...

Então, agora a música do capitao Smith é:
"A Lua me traiu
acreditei que era para valer.
A Lua me traiu..."

By joelma sobre o acidente com o titanic

Anônimo disse...

Se alguem duvidava que houve uma força maior a fazer o Titanic afundar, depois desse estudo ...
São tantas convergencias de fenomenos...

Ana Maria disse...

Mitos sobre o Titanic
1 – O navio que não afunda

No filme de James Cameron, a mãe da heroína observa o navio da doca de Southampton e comenta: “Então, este é o navio que dizem que não afunda”. Esse talvez seja o maior mito que cerca a história de Titanic, conforme conta o cientista Richard Howells, do Kings College, de Londres, na Inglaterra.

“Isso não é verdade. Nem todos pensavam dessa maneira. Claro, isso faz a história ficar mais interessante, pois é o retrospecto de um mito. Se um homem cheio de orgulho constrói um navio imbatível, como Prometeu, que roubou o fogo dos deuses, isso carrega um senso mítico porque indica que deus estaria tão zangado por tal afronta que acabaria afundando o navio”, explica Howells.

Ao contrário da crença popular, a White Star Line – proeminente companhia de navio do Reino Unido, responsável pela construção do Titanic – nunca afirmou tal coisa e as pessoas não comentavam sobre isso até o incidente, de acordo com o especialista inglês.

Embora o naufrágio tenha acontecido 15 anos depois do nascimento do cinema, havia poucas filmagens do navio. Esse foi um dos motivos que fez o evento não ganhar as primeiras páginas no mundo todo.

O navio Olympic roubou toda a publicidade no cruzeiro que fez de Southampton até Nova York em 1911. O capitão era o mesmo do Titanic, viajou na mesma rota e tinha equipamentos de segurança iguais, inclusive em quantidade.

Segundo John Graves, do Museu Marítimo Nacional de Londres, na Inglaterra, o exterior do Olympic foi propositalmente pintado de cinza claro, para que ficasse melhor nas filmagens.

Algumas dessas filmagens foram utilizadas para ilustrar a tragédia ocorrida com o Titanic, mas sem qualquer sinal que indicasse que aquele não era o navio que havia afundado. Simon McCallum, curador dos arquivos no Instituto Britânico de Cinema, acredita que essa distorção acabou por fortalecer algumas teorias conspiratórias e mistérios em torno do Titanic.

“Certamente, a verdadeira história do Titanic deu lugar ao mito dentro de poucos dias depois do incidente”, concorda Howells, do Kings College.

Ana Maria disse...

2 – A última música da banda

Uma das imagens mais marcantes de todos os filmes já feitos sobre o Titanic é o momento em que o grupo de músicos toca seus instrumentos conforme o navio afunda. Diz a lenda que os músicos permaneceram no deck, tocando a canção “Mais perto de ti, meu Deus” (“Nearer, My God, To Thee”), em uma tentativa de acalmar os passageiros que não sobreviveram e que foram para sempre relembrados como heróis.

Simon McCallum diz que testemunhas oculares realmente confirmaram que a banda tocou no deck, mas discordaram de que música se tratava. “Nunca saberemos que canção os sete músicos tocaram, mas dizer que foi a música ‘Mais perto de ti, meu Deus’ funciona com uma licença poética, já que é um hino que romantiza ainda mais o filme”, pontua McCallum.

Paul Louden-Brown, da Sociedade Histórica do Titanic, trabalhou como consultor para o filme de James Cameron e confidenciou que a cena dos músicos no filme “Uma noite para se lembrar”, de 1958, foi tão bem montada que Cameron decidiu copiá-la. “Ele me disse: ‘Eu roubei isso inteiramente e coloquei no meu filme, simplesmente porque amei. Era uma parte muito forte da história’”.

Ana Maria disse...

3 – A morte do capitão Smith

Pouco se sabe sobre as horas finais do capitão Smith. Embora seja lembrado como herói, ele aparentemente falhou por não reduzir a velocidade do navio quando estava claro que haveria gelo em sua rota e por dar pouca atenção aos alertas contra gelo e icebergs.

“Ele sabia quantos passageiros e quanto espaço havia nos barcos salva-vidas. Mesmo assim ele permitiu que os barcos partissem apenas parcialmente cheios”, ressalta Louden-Brown, que não aceita os retratos utópicos do capitão.

Nas condições calmas daquela noite fatídica, o primeiro barco a deixar o Titanic tinha espaço para 65 pessoas, mas levava apenas 27. Muitos dos outros barcos também partiram com menos da metade da capacidade de passageiros.

E Louden-Brown completa: “A história o tem como um herói. Estátuas foram erigidas em sua memória. Fizeram cartões postais e criaram histórias. Porém, o capitão Smith é o verdadeiro responsável por todas as falhas na estrutura de comando à bordo”.

John Graves, do Museu Marítimo Nacional de Londres, na Inglaterra, concorda com essa visão. Segundo ele, Smith parece ter tomado chá de sumiço na noite do naufrágio.

Ana Maria disse...

4 – O corrupto homem de negócios

As histórias em torno de Joseph Bruce Ismay, o presidente da companhia que construiu o Titanic, White Star Line, são muitas, mas todas cruzam em um ponto crucial: sua covardia em escapar do navio, pulando no primeiro barco disponível e deixando mulheres e crianças para se virarem sozinhas – fato confirmado por muitos sobreviventes.

“Cada um dos filmes feitos sobre o Titanic descobriu que a vingança é deliciosa demais para não ser incorporada na história”, destaca Paul Louden-Brown. “Se formos para a origem disso, temos de nos lembrar de William Randolph Hearst, o grande magnata da imprensa nos Estados Unidos. Ele e Ismay brigaram pelo fato de Ismay não cooperar com a imprensa [fornecendo informações] em um acidente com um navio da companhia”.

Ismay foi universalmente condenado nos EUA, onde Hearst publicou a lista dos falecidos e, na coluna dos sobreviventes, colocou um único nome: Joseph Bruce Ismay.

Contudo, apesar dessas histórias e intrigas, Lord Mersey, que liderou o inquérito britânico em 1912, concluiu que Ismay ajudou muitos passageiros antes de achar um lugar para si. “Se ele não tivesse se salvado, salvaria apenas mais uma vida”, pontuou Mersey.

Em 1943, um filme alemão sobre o Titanic, produzido pelo ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels (1897-1945), mostrou Ismay como um empresário judeu louco e poderoso, que intimida o bravo capitão de características arianas, para que ele aumente a velocidade do navio, embora isso seja imprudente. O “Uma noite para lembrar”, apontado como o mais fiel filme produzido até hoje, também não deixa barato e retrata Ismay como um vilão.

Louden-Brown acredita que isso é injusto e levantou o assunto com James Cameron, enquanto trabalhava como consultor. No filme de Cameron, Ismay apenas usa sua posição para influenciar o capitão a ir mais rápido, para que chegassem mais cedo em Nova York, a fim de atrair atenção dos jornalistas. E Louden-Brown conta que Cameron respondeu: “É isso que o público espera ver”.

Ismay nunca se recuperou da vergonha do que fez e se aposentou da companhia em 1913, como um homem falido. Frances Wilson, autor do livro “Como sobreviver ao Titanic: o naufrágio de J. Bruce Ismay”, desmistifica a covardia de Ismay e o defende. “Ele foi um homem comum pego por circunstâncias extraordinárias”, disse certa vez.

Ana Maria disse...

5 – Passageiros na proa

Outra cena emocionante do Titanic de Cameron é a retratação dos passageiros de terceira classe. Segundo o filme, eles são forçados a ficar longe do deck e impedidos de alcançar os barcos salva-vidas. Richard Howells, do Kings College de Londres, afirma que não existe evidência para confirmar tais histórias.

Existiam portões, de fato, mas era uma exigência da imigração norte-americana, para evitar o alastramento de doenças infecciosas. Entre os passageiros da terceira classe estavam armênios, chineses, holandeses, italianos, russos e sírios, como também pessoas provenientes das ilhas britânicas. Todos buscavam uma nova vida.

De acordo com o relatório do inquérito britânico, as alegações de que tais passageiros foram presos e impedidos de chegar ao deck são falsas. Mas evidências apontam que, inicialmente, os portões estavam fechados na noite do incidente e que só depois da maioria dos barcos salva-vidas terem partido é que os portões foram abertos.

Quando se analisam os números, percebe-se que as classes fazem mesmo diferença nessas horas de desespero. Menos de um terço dos passageiros de terceira classe sobreviveram, mesmo que uma grande quantidade de crianças e mulheres de todas as classes tenha sobrevivido. [BBC]

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